A produção do corpo desejante na axiomática do capital: uma leitura esquizoanalítica da era farmacopornográfica
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.119692Palavras-chave:
Farmacopornografia, Axiomática do capital, Sexopolítica.Resumo
De um lado, Paul Preciado discorre sobre a produção do corpo tecnobiomolecular em uma era gerida pela farmacologia e pela indústria do sexo. De outro, e sem contradição, Deleuze e Guattari reconhecem a operação de uma axiomática do capital, uma modelização global dos processos de codificação dos fluxos desejantes. Esta pesquisa procura correlacionar os pensamentos dos autores e propõe a discussão sobre uma axiomática farmacopornográfica, isto é, um modelo de codificação dos corpos, da economia, da política e do desejo regulado pelo que Preciado chama de novo governo do ser vivo, o legado tecnológico das guerras do século XX. Este artigo busca compreender a produção artificial do corpo e seus movimentos em meio à sexopolítica e à máquina capitalista integrada. A construção tecnobiomolecular do corpo não é dissociada dos resquícios políticos e tecnológicos do pós-guerra, tampouco das sínteses conectivas e disjuntivas que o permeiam.
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