Do paradigma ao paradoxo ético-estético-político: por uma radicalização da psicologia social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-152X.107890

Palavras-chave:

Psicologia Social, Paradigma ético-estético-político, Epistemologia, Temporalidade, Universidade.

Resumo

“Como pode a psicologia social contribuir para pensar o presente?”. Partindo dessa interrogação, este artigo objetiva questionar a obviedade por meio da qual enxergamos uma certa psicologia social, um certo tempo presente e uma certa relação entre ambos. Interessa-nos, sobretudo, problematizar a ideia de um paradigma ético-estético-político, o que realizamos em três movimentos complementares: questionamos a caracterização desse paradigma como uma evolução no campo da psicologia social, relacionamos essa caracterização a uma narrativa de progresso mais ampla sobre a política brasileira recente, e criticamos alguns dos seus pressupostos teóricos-epistemológicos a partir de um diálogo com estudos de gênero, de raça, pós-coloniais e descoloniais. Como conclusão, retornamos à pergunta inicial para sugerir que, antes de examinar o presente, a psicologia social deve se valer deste presente para radicalizar os seus pressupostos, rompendo com a ideia de um paradigma ético-estético-político em favor de um paradoxo ético-estético-político.

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Publicado

2021-01-19

Como Citar

Kveller, D., Fernandes, D. R., de Castro, D. D., & Trepte, R. F. (2021). Do paradigma ao paradoxo ético-estético-político: por uma radicalização da psicologia social. Revista Polis E Psique, 11(1), 123–142. https://doi.org/10.22456/2238-152X.107890

Edição

Seção

Dossiê Temas em Debate 2019: O que pode a Psicologia Social no presente?

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