Cuidado em Saúde Mental com Gestantes Usuárias de Crack
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.106731Palabras clave:
Cocaína Crack, Serviços de Saúde, Gravidez de Alto Risco, Gênero e Saúde.Resumen
Neste manuscrito, apresentamos uma pesquisa cujo objetivo foi o de compreender como vem sendo produzidas as práticas de cuidado às gestantes usuárias de crack nos serviços de saúde de um município do interior do Rio Grande do Sul. Este estudo de abordagem qualitativa, foi realizado junto a dois serviços públicos, o Programa de Redução de Danos (PRD) e o Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPSad III), com cinco mulheres voluntárias para a pesquisa. As histórias de vida foram reconstruídas a partir de suas narrativas e também de profissionais da saúde que proveram algum tipo de cuidado às participantes. Após a exposição das histórias, refletimos sobre três pistas importantes para pensarmos as práticas de cuidado às gestantes usuárias de crack: saúde mental, uso de drogas e interseccionalidade; direitos humanos, hierarquias reprodutivas e concepções de maternidade; e as práticas de cuidado em saúde. Observamos que as concepções dos profissionais acerca da maternidade direcionam as práticas de cuidado em saúde, caracterizando-se como um cuidado no espectro da saúde materno-infantil, e não um cuidado direcionado à saúde da mulher. Conhecer as demandas de cuidado dessas mulheres é essencial para que possamos pensar em práticas de saúde pautadas pela clínica ampliada.
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