ESCOLARIDADE DAS EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE – RS

Autores

  • Fernanda Picetti dos Santos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Roger dos Santos Rosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Ronaldo Bordin
  • Bruno Luís de Oliveira Martins
  • Leonardo Thomaz Sauter Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.54909/sp.v2i1.88886

Resumo

Este estudo descreve os resultados parciais do trabalho Avaliação de Desempenho como Norteadora das Práticas de Educação nas Equipes de Atenção Primária no município de Porto Alegre – RS que está relacionado à escolaridade dos trabalhadores. Tem como objetivo descrever a escolaridade das equipes de Atenção Primária de Porto Alegre – RS no ano de 2016. A fonte dos dados utilizados foram as avaliações de desempenho dos trabalhadores da Atenção Primária de Porto Alegre vinculados ao Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF). O banco de dados proveniente do resultado das avaliações foi disponibilizado já sem elementos que permitissem a identificação individual dos respondentes. Os dados foram organizados em planilhas no software Microsoft Excel®, por categorias, seguindo a mesma disposição do formulário da avaliação de desempenho. As categorias de escolaridade representam o nível educacional máximo atingido pelo participante. A análise dos dados foi efetuada utilizando estatística descritiva com frequências absoluta e relativa. Foram examinadas 1.288 avaliações de desempenho que representaram 71% do universo possível de trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família.  Dos participantes, 1.100 (85,4%) eram do sexo feminino e 188 (14,6%) do sexo masculino. Há 163 (12,7%) trabalhadores com nível superior completo. Os participantes do sexo masculino com educação superior completa (exclusivamente, sem incluir aqueles com ensino médio nem pós-graduação) representaram 19,2% dos homens enquanto as participantes do sexo feminino 11,5% das mulheres. Em relação ao ensino médio completo, o percentual se inverte, visto que as mulheres representaram 66,9% do total das participantes e os homens 58,5% do total do sexo masculino. Possuem mestrado, 6 trabalhadores (0,5% do total e 5,4% dos que possuem algum tipo de pós-graduação). Em relação à especialização, 106 (8,2%) fizeram algum curso desse nível. Dentre os que possuem mestrado, apenas enfermeiros detêm o título e são o maior contingente entre os com especialização. Representam 52,8% dos trabalhadores com especialização enquanto cirurgiões dentista 24,5% e médicos 24,5%. Contudo, cirurgiões-dentistas (56,8%) e médicos (83,3%) possuem proporcionalmente mais profissionais com especialização do que enfermeiros (52,8%). Em relação à especialização, os trabalhadores que têm de três a quatro anos de instituição representam 35,8% dos que possuem especialização e os que têm de quatro a cinco de instituição 22,6%. Há uma quantidade expressiva de trabalhadores com especialização por existir na instituição um valor salarial relativo a “adicional de especialização” concedido aos que possuem especialização relacionada à Saúde Pública ou à Saúde Coletiva. Há mais enfermeiros trabalhando na instituição do que profissionais de outros cargos o que explica, em parte, o fato desses profissionais representarem a maior parcela daqueles com pós-graduação. É possível que, após assumir um emprego público que lhes conceda estabilidade profissional e financeira, os trabalhadores dediquem-se mais aos estudos e busquem concluir pós-graduação, hipótese ainda a investigar.

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Biografia do Autor

Fernanda Picetti dos Santos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde – Mestrado Profissional da Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Roger dos Santos Rosa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Médico e Administrador, Doutor em Epidemiologia, professor do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor permanente dos Programas de PósGraduação em Ensino na Saúde e em Saúde Coletiva da UFRGS. Coordenador do Programa de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdade da UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Ronaldo Bordin

Professor do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Bruno Luís de Oliveira Martins

Graduando em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Assistente de Coordenação do Curso de Especialização em Saúde Pública da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e participa do Programa de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades da mesma Universidade.

Leonardo Thomaz Sauter, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Graduando em Matemática - Licenciatura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Participa do Programa de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades na UFRGS, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Publicado

2018-12-15

Como Citar

SANTOS, F. P. dos S.; ROSA, R. dos S.; BORDIN, R.; MARTINS, B. L. de O.; SAUTER, L. T. ESCOLARIDADE DAS EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE – RS. Saberes Plurais Educação na Saúde, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 26–27, 2018. DOI: 10.54909/sp.v2i1.88886. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/saberesplurais/article/view/88886. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

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