ESCOLARIDADE DAS EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE – RS
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v2i1.88886Resumo
Este estudo descreve os resultados parciais do trabalho Avaliação de Desempenho como Norteadora das Práticas de Educação nas Equipes de Atenção Primária no município de Porto Alegre – RS que está relacionado à escolaridade dos trabalhadores. Tem como objetivo descrever a escolaridade das equipes de Atenção Primária de Porto Alegre – RS no ano de 2016. A fonte dos dados utilizados foram as avaliações de desempenho dos trabalhadores da Atenção Primária de Porto Alegre vinculados ao Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF). O banco de dados proveniente do resultado das avaliações foi disponibilizado já sem elementos que permitissem a identificação individual dos respondentes. Os dados foram organizados em planilhas no software Microsoft Excel®, por categorias, seguindo a mesma disposição do formulário da avaliação de desempenho. As categorias de escolaridade representam o nível educacional máximo atingido pelo participante. A análise dos dados foi efetuada utilizando estatística descritiva com frequências absoluta e relativa. Foram examinadas 1.288 avaliações de desempenho que representaram 71% do universo possível de trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família. Dos participantes, 1.100 (85,4%) eram do sexo feminino e 188 (14,6%) do sexo masculino. Há 163 (12,7%) trabalhadores com nível superior completo. Os participantes do sexo masculino com educação superior completa (exclusivamente, sem incluir aqueles com ensino médio nem pós-graduação) representaram 19,2% dos homens enquanto as participantes do sexo feminino 11,5% das mulheres. Em relação ao ensino médio completo, o percentual se inverte, visto que as mulheres representaram 66,9% do total das participantes e os homens 58,5% do total do sexo masculino. Possuem mestrado, 6 trabalhadores (0,5% do total e 5,4% dos que possuem algum tipo de pós-graduação). Em relação à especialização, 106 (8,2%) fizeram algum curso desse nível. Dentre os que possuem mestrado, apenas enfermeiros detêm o título e são o maior contingente entre os com especialização. Representam 52,8% dos trabalhadores com especialização enquanto cirurgiões dentista 24,5% e médicos 24,5%. Contudo, cirurgiões-dentistas (56,8%) e médicos (83,3%) possuem proporcionalmente mais profissionais com especialização do que enfermeiros (52,8%). Em relação à especialização, os trabalhadores que têm de três a quatro anos de instituição representam 35,8% dos que possuem especialização e os que têm de quatro a cinco de instituição 22,6%. Há uma quantidade expressiva de trabalhadores com especialização por existir na instituição um valor salarial relativo a “adicional de especialização” concedido aos que possuem especialização relacionada à Saúde Pública ou à Saúde Coletiva. Há mais enfermeiros trabalhando na instituição do que profissionais de outros cargos o que explica, em parte, o fato desses profissionais representarem a maior parcela daqueles com pós-graduação. É possível que, após assumir um emprego público que lhes conceda estabilidade profissional e financeira, os trabalhadores dediquem-se mais aos estudos e busquem concluir pós-graduação, hipótese ainda a investigar.
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