Da Pateada:

ecos de uma prática extinta, mas ruidosa

Autores

Palavras-chave:

História do teatro brasileiro, Espectador teatral, Teatro e polícia, Legislação teatral, Pateadas

Resumo

Historicamente, o espectador de teatro foi constituído como peça central tanto da prática quanto da teoria teatral, passando a ser alvo de uma discursividade de ordem artístico-pedagógica. Partindo dessa premissa, este artigo pretende problematizar o jogo entre conduta e contraconduta, no qual o espectador teatral foi enredado. Para isso, propõe-se observar uma prática extinta dos teatros brasileiros, mas que vigorou ao longo do século XIX – a pateada –, que consistia em um ruidoso bater de pés por parte do público cujo fim era a interrupção de um espetáculo. Recorrendo à análise da pateada, apresenta-se um momento histórico em que o comportamento e a subjetividade do espectador começariam a ser regulados em direção a um corpo disciplinado, moderado e pedagogizado e um novo tipo de endereçamento público-cena emergiria.

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Biografia do Autor

Luiz Paulo Pimentel de Souza, Universidade de São Paulo/doutorando

Luiz Paulo Pimentel de Souza é ator, dramaturgo e pesquisador em Artes Cênicas. Formado em Interpretação Teatral pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), é mestre em Filosofia e Educação pela Faculdade de Educação da USP, sob a orientação do Prof. Dr. Julio Groppa Aquino e doutor em Teoria e Prática do Teatro pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da ECA, sob orientação da Profa. Silvia Fernandes Telesi e coorientação do Prof. Christian Guimarães Vinci.

Publicado

2024-12-20

Como Citar

Pimentel de Souza, L. P. (2024). Da Pateada:: ecos de uma prática extinta, mas ruidosa. Revista Brasileira De Estudos Da Presença, 14(4). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/presenca/article/view/138216

Edição

Seção

Som em Cena

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