O Lado B da História:
o teatro popular da segunda metade do século XVIII nas Histórias do Teatro Português
Mots-clés :
História do Teatro Português, Século XVIII, Análise Dialógica do Discurso, Teatro de Cordel, Teatro ÁrcadeRésumé
O objetivo deste artigo é analisar os discursos de quatro Histórias do Teatro Português (HTP) sobre a segunda metade do século XVIII. Após discussão e delimitação dos aspectos estéticos que circulam por Portugal no período e dos problemas relativos ao teatro popular no corpus, estabelece-se uma análise quantitativa das variedades teatrais setecentistas em cada uma das HTP. Tal olhar quantitativo alavanca a análise qualitativa empreendida na parte central do artigo, que visa compreender a posição estético-ideológica do projeto discursivo de cada autor. Por fim, conclui-se que as HTP são marcadas por uma mirada que deve ser revista a partir do pensamento contemporâneo sobre o período.
Téléchargements
Références
BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Tradução de Yara Frateschi. São Paulo: Hucitec, 2010.
BAKHTIN, Mikhail. Rabelais e Gogól (Arte do discurso e cultura cômica popular). In: BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Tradução de Aurora Fornoni Bernardini et all. 7.ed. São Paulo: Hucitec, 2014.
BAKHTIN, Mikhail. A ciência da literatura hoje. In: BAKHTIN, Mikhail. Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: 34, 2017a, p.9-20.
BAKHTIN, Mikhail. Fragmentos dos anos 1970-1971. In: BAKHTIN, Mikhail. Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: 34, 2017b, p.21-56.
BAKHTIN, Mikhail. Por uma metodologia das ciências humanas. In: BAKHTIN, Mikhail. Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: 34, 2017c, p.57-80.
BARATA, José Oliveira. História do Teatro Português. Lisboa: Universidade Aberta, 1991.
BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. Tradução de Maria Paula V. Zarawski et all. São Paulo: Perspectiva, 2001.
BRAIT, Beth. Discursos de resistência: do paratexto ao texto. Ou vice-versa? Alfa, v.63, n.2, p.243-263, Set. 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-57942019000200243&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 02 mai 2021.
CAMÕES, José (coord.) Teatro proibido e censurado em Portugal no século XVIII. Site. Disponível em: https://www.teatroproibido.ulisboa.pt/indexFirst.jsp.Acesso em: 02 mai. 2021.
CARREIRA, Laureano. O teatro e a censura em Portugal na segunda metade do século XVIII. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1988.
CERTEAU, Michel de. A escrita da História. Tradução de Maria de Lourdes Menezes. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982.
CHARTIER, Roger. Do palco à página: publicar texto e ler romances na época moderna (séculos XVI-XVIII). Tradução de Bruno Feitler. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002.
CORRADIN, Flavia Maria; SILVEIRA, Francisco Maciel. “Teatro Português”. In: Guia Bibliográfico, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Disponível em: https://fflch.usp.br/sites/fflch.usp.br/files/2017-11/teatroportugues.pdf. Acesso em: 23 abr. 2021.
CRUZ, Duarte Ivo. História do Teatro Português. s/l.: Verbo, 2001.
FERREIRA, Maria Gabriela. Teatro ao gosto de Almeida Garrett. Teatro do mundo, v. 2, p.53-60, 2008.
GARRETT, Almeida. Obras completas de Almeida Garrett. Porto: Lello & Irmão, 1966.
GENETTE, Gérard. Paratextos editoriais. Tradução de Álvaro Faleiros. Cotia: Ateliê Editorial, 2009.
GONTIJO ROSA, Carlos. Carnavalização no teatro ibérico barroco. Bakhtiniana, v.14, n.3, p.101-138, jul./set. 2019a. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/38281. Acesso em: 02 mai. 2021.
GONTIJO ROSA, Carlos. Apropriação e invenção na dramaturgia de Antônio José da Silva: uma leitura de “Anfitrião ou Júpiter e Alcmena”. Revista do Centro de Estudos Portugueses, v.39, n.62, p.177-200, jul./dez. 2019b. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/cesp/article/view/15763. Acesso em: 02 mai. 2021.
GUINSBURG, J.; FARIA, João Roberto de; Mariangela Alves de. Dicionário do teatro brasileiro: temas, formas e conceitos. São Paulo: Perspectiva/SESC-SP, 2006.
HANSEN, João Adolfo. A sátira e o engenho: Gregório de Matos e a Bahia do século XVII. (1989) 2a. edição. São Paulo/ Campinas: Ateliê Editorial/ Editora da UNICAMP, 2004.
HANSEN, João Adolfo. Uma arte conceptista do cômico: o “Tratado dos Ridículos” de Emanuele Tesauro. Referências, CEDAE, Campinas, julho de 1992.
LEWIS, C.S. A experiência de ler (1961). Tradução e notas de Carlos Grifo Babo. Porto: Porto Editora, 2000.
MARNOTO, Rita. Il Settecento. In: LANCIANI, Giulia (org.) Il Settecento e l’Ottocento. Roma: UniversItalia, 2014.
MIRANDA, Joana. Portugal – construção e reinvenção da nação. [vivência], n.34, p.167-180, 2008.
PICCHIO, Luciana Stegagno. História do Teatro Português. Tradução de Manuel de Lucena. Lisboa: Portugália, 1969.
REBELLO, Luiz Francisco. História do Teatro Português. Mem-Martins: Publicações Europa-América, 1967.
ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Tradução de Yan Michalski. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982.
VEGA, Lope de. Arte nuevo de hacer comedias (1609). Madrid: Cátedra, 2006.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Les lecteurs sont libres de transférer, d’imprimer et d’utiliser les articles publiés dans la revue, à condition qu’il y ait toujours une mention explicite à (aux) auteur(s) et à la Revista Brasileira de Estudos da Presença et que le document original ne subisse aucune altération. Tout autre usage des textes doit être approuvé par l’(les) auteur (s) et par la revue. En soumettant un article à la Revista Brasileira de Estudos da Presença, approuvé à la publication, les auteurs acceptent de céder à la revue, sans rémunération, les droits qui suivent : droits de première publication et autorisation pour que la revue redistribue cet article et ses métadonnées aux services d’indexation et de référencement que ses éditeurs jugent appropriés.
Cette revue utilise une Licença de Atribuição Creative Commons.