Fronteiras e limites: encontros e choque de culturas no processo de crioulização semiótica
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201637.58-75Palabras clave:
Encontros culturais. Estrangeiro. Fronteira. Crioulização. Diáspora africana. Intraduzibilidade.Resumen
O principal objetivo do estudo é dimensionar o conceito semiótico de crioulização de modo a compreender tanto os encontros culturais quanto o choque de culturas por meio dos processos sígnicos da tradução e da intraduzibilidade que sustentam a comunicação. Para isso distinguiu-se o campo conceitual em que fronteira, para além de limite, designa linha de tensão entre os elementos em contato, caso das línguas, foco da abordagem semiótica de Iúri Lótman. Como campo empírico desse experimento analítico, situa-se o processo de crioulização quando da aventura ibérica no além-mar, no encontro com o continente africano e na ulterior diáspora africana para o território brasileiro. Espera-se assim redimensionar as implicações geopolíticas em termos de luta, resistência e explosão da condição estrangeira e da informação nova que emerge quando da permanência das relações de intraduzibilidade.
Descargas
Citas
APPIAH, Kwame Anthony. Na casa de meu pai. A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
COUTO, Hildo H. Introdução ao estudo das línguas crioulas e pidgins. Brasília: Universidade de Brasília, 1996.
INSTITUTO CAMÕES. Mapa dos crioulos de base portuguesa. 2001. Disponível em: <http://cvc.instituto-camoes.pt/tempolingua/03.html>. Acesso em: 12 dez. 2016.
IVANOV, Vyacheslav. Preface to Russian Edition. In: LOTMAN, Juri M. The unpredictable working of culture. Tallinn: Tartu University, 2013. p. 239-278.
JHISTBLOG. As grandes navegações. 2010. Disponível em: <http://jovensnahistoria.blogspot.com.br/2010/04/as-grandes-navegacoes.html>. Acesso em: 2 dez. 2016.
LOTMAN, Iuri M. La semiosfera I. Semiotica de la cultura y del texto. Valencia: Fonesis, 1996.
LOTMAN, Iuri M. La semiosfera II. Semiotica de la cultura, del texto, de la conducta y del espacio. Valencia: Fonesis, 1998.
LOTMAN, Mihhail. Aferwords: semiotics and umpredictability. In: LOTMAN, Juri M. The unpredictable working of culture. Tallinn: Tartu University Press, 2013, p. 7-16.
LIMA, Ivaldo M. de França. Por uma história a partir dos conceitos: África, cultura negra e a Lei 10.639/2003. Reflexões para desconstruir certezas. A Cor das Letras. Número temático: Literatura, cultura e memória negra. UEFS, n. 12, 2011 p. 125-151.
M ́BOKOLO, Elikia. África negra. História e civilizações — Tomo I (até o século XVIII). Salvador: EDUFBA, 2009.
MARCUSSI, Alexandre Almeida. Ambiguidades do conceito de crioulização entre a teoria e a empiria. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 25. 2009. Fortaleza. Anais... Fortaleza, 2009.
MUNANGA, Kabengelê. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
OLIVEIRA, Eduardo de Oliveira e. O mulato, um obstáculo epistemológico. Argumento, Rio de Janeiro, v. 1, n. 3, p. 65-74, 1974.
RIBEIRO, Darcy. Sobre a mestiçagem no Brasil. In: SCHWARCZ, Lília M.; QUEIROZ, Renato S. (Org.). Raça e diversidade. São Paulo: Estação Ciência, 1996. p. 197-198.
SHOAT, Ella; STAM, Robert. Unthinking eurocentrism: multiculturalism and the media. London: Routledge, 1994.
STÖRIG, Hans J. A aventura das línguas. São Paulo: Melhoramentos, 1990.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2016 Irene Machado

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).