Usos da memória como recurso de contextualização no jornalismo digital
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202253.120623Palabras clave:
Jornalismo Digital, Jornalismo de Contexto, Memória, Nexo, UOL TabResumen
O presente artigo tem o objetivo de discutir aspectos da produção do chamado jornalismo contextual articulado à noção de memória, a fim de compreender como esta é acionada na construção dos conteúdos jornalísticos que buscam oferecer, em uma perspectiva de contextualização, melhores circunstâncias de compreensão dos fatos e informações abordados. Para tal, toma-se como objetos de análise reportagens dos portais Nexo Jornal e do UOL Tab. Um primeiro entendimento propiciado por tal abordagem é de que a memória pode se fazer presente no jornalismo de diferentes modos, destacando aqui como esta, no acionamento de fatos e circunstâncias do passado, pode jogar luzes no presente da vida cotidiana. O jornalismo, por assim dizer, se vale da memória ao mesmo tempo em que contribui para configurá-la.
Descargas
Citas
ANDERSON, Christopher Wright; BELL, Emily; SHIRKY, Clay. Jornalismo pós-industrial: adaptação aos novos tempos. Revista de Jornalismo ESPM, São Paulo, v. 2, n. 5, p. 30-89, 2013.
ARANHA, Carla. Viuvas da Guerra: A crise da Venezuela explicada por imigrantes que tentam sobreviver em Roraima. TAB UOL, São Paulo, 28 maio 2018.
BARBOSA, Marialva. Senhores da memória. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 84-101, 1995.
BARBOSA, Susana; NORMANDE, Naara; ALMEIDA, Yuri. Produção horizontal e narrativas verticais: novos padrões para as narrativas jornalísticas. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 23., 2014, Belém. Anais [...]. Belém: Universidade Federal do Pará, 2014. p. 1-19.
BARDOEL, Jo; DEUZE, Mark. Network Journalism: Converging Competences of Media Professionals and Professionalism. Australian Journalism Review, Australia, v. 23, n. 2, p. 91-103, 2001.
BENETTI, Márcia; FREITAS, Camila. A fenomenologia da memória e o “homem capaz” do jornalismo. Conexão – Comunicação e Cultura, Caxias do Sul, v. 14, n. 28, p. 167-185, 2015.
BRUCK, Mozahir Salomão. Biografias e literatura: entre a ilusão biográfica e a crença na reposição do real. Belo Horizonte: Veredas&Cenários, 2010.
BRUCK, Mozahir Salomão; OLIVEIRA, Max Emiliano. A agônica durée do bricoleur: temporalidades midiático jornalísticas em tensão. In: MUSSE, Christina Ferraz; VARGAS, Herom; NICOLAU, Marcos (org.). Comunicação, mídias e temporalidades. Salvador: Edufba, 2017. p. 119-135.
BRUCK; Mozahir Salomão; VARGAS, Herom; MOREIRA, Jeane. Memória, poder e verdades: disputas de sentidos no acionamento do memorável no caso do Fundão. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 29., 2020, Campo Grande. Anais [...]. Campo Grande, 2020. p. 1-20.
DEUZE, Mark; WITSCHGE, Tamara. Beyond journalism: Theorizing the transformation of journalism. Sage Journals: Journalism, London, v. 19, n. 2, p. 165-181, 2017.
FINK, Katherine; SCHUDSON, Michael. The rise of contextual journalism, 1950s-2000s. Sage Journals: Journalism, London, v. 15, n. 1, p. 3-20, 2014.
FRANKLIN, Bob et al. Key concepts in journalism studies. Thousand Oaks: Sage Publications, 2005.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 1990.
LIMA, Juliana Domingos de; QUADROS, Thiago; FALCÃO, Guilherme. 5 artistas do passado vistas por 5 contemporâneas. Nexo Jornal, São Paulo, 18 out. 2019.
MARTINS, Alysson Viana. Memória como critério de qualidade no jornalismo: apontamentos sobre instituição e organização. Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo, Brasília, v. 4, n. 14, p. 121-142, 2014.
MIELNICZUK, Luciana. Jornalismo na Web: Uma contribuição para o estudo do formato da notícia na notícia hipertextual. 2003. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporânea) – Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2003.
NADDEO, André. Fuga para o Brasil: A crise da Venezuela explicada por imigrantes que tentam sobreviver em Roraima. TAB UOL, São Paulo, 29 jan. 2018.
PALACIOS, Marcos. Convergência e memória: jornalismo, contexto e história. Revista Matrizes, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 37-50, 2010.
PALACIOS, Marcos. Ruptura, continuidade e potencialização no jornalismo online: o lugar da memória. In: MACHADO, Elias; PALACIOS, Marcos (org). Modelos de Jornalismo Digital. Salvador: Editora Calandra, 2003. p. 1-17.
PALACIOS, Marcos. Memória: Jornalismo, memória e história na era digital. In: CANAVILHAS, João (org.). Webjornalismo: Sete características que fazem a diferença. Covilhã: Livros LabCom, 2014. p. 89-110.
PAVLIK, John. Journalism and new media. Columbia University Press: Nova York, 2001.
RICOUER, Paul. 2007. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora Unicamp, 2007.
RODRIGUES, Adriano D. O acontecimento. In: TRAQUINA, Nelson. Jornalismo: questões, teorias e estórias. Lisboa: Vega, 1993.
RONCOLATO, Murilo; TONGLET, Ariel; PRADO, Guilherme. As músicas dos 100 anos com samba. Nexo Jornal, São Paulo, 23 ago. 2016.
SALGADO, Suzana; STRÖMBÄCK, Jesper. Interpretive journalism: a review of concepts, operationalizations and key findings. Sage Journals: Journalism, London, v. 13, n. 2, p. 144–161, mar. 2015.
SELIGMANN-SILVA, Marcio. O local da diferença: ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução. São Paulo: Editora 34, 2005.
ZAMITH, Fernando. Ciberjornalismo: as potencialidades da Internet nos sites noticiosos portugueses. Porto: Edições Afrontamento, 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Mozahir Salomão Bruck, Ana Paula Fernandes Pimenta, Carolina Lopes
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).
