Um filme que pensa sobre si: o político e os fragmentos da história

Autores

  • Cristiane Freitas Gutfreind Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Márcio Zanetti Negrini Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-858320190.187-203

Palavras-chave:

Filme político. Cinema brasileiro. Estado Novo.

Resumo

Analisamos a montagem de Imagens do Estado Novo 1937-45, de Eduardo Escorel, com o objetivo de observar a atualidade da narrativa, enfatizando os seus aspectos políticos. Examinamos, assim, como fragmentos de imagens utilizados pela decupagem articulam a interação entre o tempo presente e as imagens do Estado Novo. A subjetividade como traço narrativo mostra a reflexão que o filme suscita sobre si, a partir de seu narrador, e de vestígios que revelam o processo de montagem de arquivos. O filme elabora uma forma de pensar o político enquanto manifestação da história no tempo presente, abordando fatos que marcaram a primeira metade do século XX no Brasil.

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Biografia do Autor

Cristiane Freitas Gutfreind, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Sociologia e Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1994), mestrado em Cultures et Comportements Sociaux - Université de Paris 5 (René Descartes, Sorbonne -1996) e doutorado em Sociologie - Université de Paris 5 (René Descartes, Sorbonne - 2001). Atualmente é coordenadora do PPGCom e professora na graduação em Cinema da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É bolsista produtividade do CNPq. Foi membro da comissão coordenadora do PPGCom, coordenadora do departamento de Ciências da Comunicação e coordenadora da Comissão Científica da Famecos. Foi editora da Revista Famecos e da Revista E-Compós. Foi vice-presidente da Compós (2015-2017). Membro da AFECCAV (Association Française des Enseignants et des Chercheurs en Cinéma et Audiovisuel). É líder o grupo de pesquisa Cinema e Audiovisual: comunicação, estética e política (Kinepoliticom) e participa de outros grupos de pesquisa de áreas afins no CNPq. Tem experiência na área de Sociologia e Comunicação, com ênfase em Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: teorias do cinema e da imagem, estética, história e filosofia da comunicação. Possuí produção científica em português, francês, inglês e espanhol.

Márcio Zanetti Negrini, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PPGCom/PUCRS, bolsista CAPES. Mestre pelo PPGCom/PUCRS (2014), com incentivo de bolsa CAPES, e bacharel em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Franciscano, UNIFRA (2007). Tem experiência de pesquisa em comunicação e estudos socioculturais com ênfase em cinema e audiovisual, dedicando-se aos seguintes temas: política, propaganda, história e cultura popular brasileira. Possui produção intelectual-acadêmica publicada no Brasil e no exterior, e atua junto ao Grupo de Pesquisa em Cinema, Audiovisual, Estética, Comunicação e Política (Kinepoliticom/CNPq). Membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Cinema e Audiovisual (Socine), e da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Coordena o Cinesofia: Grupo de Estudos sobre Cinema e Audiovisual, vinculado ao PPGCom/PUCRS. Entre 2015 e 2017, foi assistente editorial da Revista E-Compós, periódico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós).

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Publicado

2019-04-18

Como Citar

Freitas Gutfreind, C., e M. Zanetti Negrini. “Um Filme Que Pensa Sobre Si: O político E Os Fragmentos Da história”. Intexto, abril de 2019, p. 187-03, doi:10.19132/1807-858320190.187-203.

Edição

Seção

Artigos