"Com o celular é 24 horas no ar"
sobre relações de gênero e apropriação de tecnologias móveis em camadas populares
Palavras-chave:
Telefones Celulares. Relações de Gênero. Grupos Populares.Resumo
A partir de uma abordagem etnográfica, analiso neste artigo as múltiplas apropriações dos telefones celulares em suas intersecções com as relações de gênero. Discuto como a tecnologia é apropriada para reafirmar laços amorosos, mas também torna-se foco de vigilância, tensões e conflitos. Nesse sentido, argumento que o telefone celular engendra micropolíticas do cotidiano nas quais homens e mulheres interagem em dinâmicas socioculturais que refletem hierarquias de gênero, mas que também as subvertem.Downloads
Referências
ALMEIDA, Miguel Vale de. Senhores de Si:uma interpretação antropológica da masculinidade.Lisboa: Fim de Século, 1995.
CASTELLS, Manuel; FERNÁNDEZ-ARDÈVOL, Mireia; QIU, Jack Linchuan; SEY, Araba. Mobile Communication and Society: a global perspective. Cambridge: MIT Press, 2007.
DELEUZE, Gilles. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 2006.
ELLWOOD-CLAYTON, Bella. Unfaithful: reflections of enchantment, disenchantment... and the mobile phone. In: HÖFLICH, Joachim; HARTMANN, Maren (orgs.). Mobile Communication in Everyday Life: ethnographic views, observations and reflections. Berlim: Frank & Timme, 2006, p. 123 –144.
FONSECA, Claudia. Família, fofoca e honra: etnografia de relações de gênero e violência em grupos populares. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000.
FOUCAULT, Michel [1975]. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 35ª. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
HADDON, Leslie. Domestication and Mobile Telephony. In: KATZ, James (org.). Machines that Become Us:the social context of personal communication technology. New Brunswick, New Jersey, USA: Transaction Publishers, 2003, p. 43 –56.
HORST, Heather; MILLER, Daniel. The Cell Phone: an Anthropology of Communication.Oxford; Berg, 2006.
LEMISH, Dafna; COHEN, Akiba. On the gendered use of mobile phone culture in Israel. Sex Roles, 52 (7/8), abr. 2005, p. 511 –521. Disponível em . Acesso em: 20 jan. 2010.
LING, Rich. The Mobile Connection: the cell phone ́s impact on society. New York: Morgan Kaufman, 2004.
NICOLACI-DA-COSTA, Ana Maria. Celulares: a emergência de um novo tipo de controle materno. Psicologia & Sociedade, 18(3), set/dez. 2006, p. 88-96. Disponível em: Acesso em: 20 jan. 2010.
PERTIERRA, Raul. Mobile phones, identity and discursive intimacy. Human Technology –an interdisciplinary Journal on Humans in ICT Environments,vol 1 (1), abr. 2005, p. 23 –44. Disponível em Acesso em: 20 jan. 2010.
SILVA, Sandra Rubia. Estar no tempo, estar no mundo: a vida social dos telefones celulares em um grupo popular. 442 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) –Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
TELECO. Estatísticas de Celulares no Brasil. Teleco: Informações em Telecomunicações, 2012. Disponível em: < http://www.teleco.com.br/ncel.asp> Acesso em: 20 mai. 2012.
VICÁRIA; Luciana; FERREIRA, Thaís. A nova era dos nômades digitais. Época, São Paulo, ano 12, ed. 528, nr. 528, jun. 2008, p. 114 –120.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Sandra Rubia Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em uma revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais.
A revista utiliza a Licença de Atribuição Creative Commons (CC BY-NC 4.0), que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria.
Auto-arquivamento (política de repositórios): autores têm permissão para depositar todas as versões de seus trabalhos em repositórios institucionais ou temáticos, sem embargo. Solicita-se, sempre que possível, que a referência bibliográfica completa da versão publicada na Intexto (incluindo o link DOI) seja adicionada ao texto arquivado.
A Intexto não cobra qualquer taxa de processamento de artigos (article processing charge).