Comunicação e ciberestética

a emergência dos avatares na mídia e na cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583.57.141279

Palavras-chave:

estética, avatar, cibercultura, comunicação, arte

Resumo

O presente artigo propõe uma reflexão crítica acerca dos processos de intermidiação e gerativos de sentidos, tendo como articulação os dispositivos digitais e a inteligência artificial. Problematiza os processos de comunicação de massa, cultura e mídia, questionando os efeitos de sentido na sociedade de uma tal articulação entre ciberespaço e consumo. O objeto de estudo proposto delineia-se a partir do vocaloid virtual japonês, Hatsune Miku, derivando para outros dispositivos digitais, como os Deep Real, ou seja, avatares jornalistas articulados com inteligência artificial. De forma especulativa, aproximando filosofia, estética e comunicação, propõe-se uma reflexão crítica sobre estes novos artefatos midiáticos e chega-se à noção de que estes dispositivos corroboram a implementação de uma nova fase dos processos capitalísticos contemporâneos, onde a ausência de peso físico destes novos entes tende a gerar formas mais difusas entre o entretenimento, o controle e a alienação de massa.

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Biografia do Autor

Fábio Pezzi Parode, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Estética - Paris 1
Mestre em Semiótica - Unisinos
Jornalista - PUCRS
Especialista em Design Estratégico - Unisinos

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Publicado

2025-02-19

Como Citar

Parode, F. P., e M. Zapata. “Comunicação E ciberestética: A Emergência Dos Avatares Na mídia E Na Cultura”. Intexto, nº 57, fevereiro de 2025, doi:10.19132/1807-8583.57.141279.

Edição

Seção

Artigos