Comunicação e ciberestética
a emergência dos avatares na mídia e na cultura
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583.57.141279Palavras-chave:
estética, avatar, cibercultura, comunicação, arteResumo
O presente artigo propõe uma reflexão crítica acerca dos processos de intermidiação e gerativos de sentidos, tendo como articulação os dispositivos digitais e a inteligência artificial. Problematiza os processos de comunicação de massa, cultura e mídia, questionando os efeitos de sentido na sociedade de uma tal articulação entre ciberespaço e consumo. O objeto de estudo proposto delineia-se a partir do vocaloid virtual japonês, Hatsune Miku, derivando para outros dispositivos digitais, como os Deep Real, ou seja, avatares jornalistas articulados com inteligência artificial. De forma especulativa, aproximando filosofia, estética e comunicação, propõe-se uma reflexão crítica sobre estes novos artefatos midiáticos e chega-se à noção de que estes dispositivos corroboram a implementação de uma nova fase dos processos capitalísticos contemporâneos, onde a ausência de peso físico destes novos entes tende a gerar formas mais difusas entre o entretenimento, o controle e a alienação de massa.
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