For an epistemology without borders
DOI:
https://doi.org/10.1590/1808-5245.29.126315Keywords:
epistemology, epistemological border, scientific novelty, epistemologists of science, Information ScienceAbstract
The objective of this essay is to analyze the emergence of the new in science and Epistemology, based on an epistemological assessment of the epistemologists of science. The theoretical contribution of authors such as Bachelard, with the possibility of an epistemological frontier, establishes the foundations of the present paper. However, as the Bachelardian nature was not enough, other fundamental epistemologists from different knowledge areas were used to complement the reflections about the emergence of the new in science, among them: Kuhn with the paradigms, Bourdieu with the idea of scientific field, Morin with epistemology of complexity and Durkheim's coercion. Mainly to the objective of the essay, it was tried to encompass the main theorists that discuss the subject in question and, therefore, the research has a qualitative approach based on the literature review. It is concluded that, given the inability of scientific disciplines to respond to emerging problems that present themselves in contemporary times, the promotion of spaces for epistemic cooperation is essential to generate new Science, new methods, and new interdisciplinary practices that in fact respond to this historical, political, economic, and social moment. The construction of momentary spaces for dialogue enriches the disciplines and make spaces for an epistemological convergence. The new in science happens when the possibilities of understanding the phenomena and problems within the paradigm and/or scientific field are exhausted, generating epistemological and scientific crises and, therefore, ruptures that generate a new way of approaching the problems of science.
Downloads
References
ARAÚJO, C. A. A. Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação: o diálogo possível. Brasília: Briquet de Lemos, 2014.
ARAÚJO, C. A. A. Épistémologie des sciences de l’information: histoire intellectuelle des concepts, théories et paradigmes. Revue Francaise des Sciences de l’information et de la communication, Pessac, v. 24, [online], 2022. Disponível em: https://doi.org/10.4000/rfsic.12443. Acesso em: 31 mar. 2023.
ARAÚJO, C. A. A. O que é Ciência da Informação. Belo Horizonte: KMA, 2018.
ARBOIT, A. E.; BUFREM, L. S.; FREITAS, J. L. Configuração epistemológica da Ciência da Informação na literatura periódica brasileira por meio de análise de citações (1972-2008). Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 15, n. 1, p. 18-43, jan./abr. 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-99362010000100003. Acesso em: 27 abr. 2023.
BACHELARD, G. A Epistemologia. Lisboa: Edições 70, 2006.
BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.
BACHELARD, G. O novo espírito científico. Lisboa: Edições 70, 1996.
BARBOSA, E. Gaston Bachelard “o novo espírito científico”. Ideação, Feira de Santana, v. 1, n. 25, p. 81-90, jul./dez. 2011. Disponível em: https://doi.org/10.13102/ideac.v1i25.1335. Acesso em: 1 abr. 2023.
BORKO, H. Information Science: What is it? American Documentation, Hoboken, v. 19, n. 1, p. 3-5, 1968. Disponível em: https://doi.org/10.1002/asi.5090190103. Acesso em: 30 jul. 2022.
BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Ed. da Unesp, 2004.
BUNGE, M. O que é, e para que serve a epistemologia? In: BUNGE, M. Epistemologia: curso de atualização. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 1987. p. 5-18.
BUSH, V. As we may think. Atlantic Monthly, Washington, v. 176, n. 1, p. 101-108, 1945.
CAPURRO, R. Epistemologia e Ciência da Informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 5., 2003. Belo Horizonte. Anais eletrônico [...]. Belo Horizonte: ANCIB, 2003. p. 1-21.
CAPURRO, R.; HJØRLAND, B. O conceito de informação. Perspectiva em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p.148-207, jan./abr. 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-99362007000100012. Acesso em: 30 jul. 2022.
CUPANI, A. A razão e a ciência. In: ROUANET, L. P.; SILVA FILHO, W. J. (org.). Razão mínima. São Paulo: UNIMARCO, 2004. p. 37-52.
DUPUY, J-P. O tempo que nos resta. In: NOVAES, A. (org.). Mutações: elogio à preguiça. São Paulo: SESC, 2012. p. 295-316.
DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
FRANCELIN, M. M. Epistemologia na Ciência da Informação: evolução da pesquisa e suas bases referenciais. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 23, n. 3, p. 89-103, jul./out. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-5344/3135. Acesso em: 18 mar. 2022.
FREIRE, I. M. Tecendo uma rede conceitual na Ciência da Informação: tecnologias intelectuais para competências em informação. Informação & Tecnologia, João Pessoa, v. 1, n. 1, p. 130-144, jan./jun. 2014.
FREIRE, I. M.; ARAÚJO, V. M. R. H. Tecendo a rede de Wersig com os indícios de Ginzburg. DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v, 2, n. 4, p. 1-7, ago. 2001.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. A representação do conhecimento e o conhecimento da representação: algumas questões epistemológicas. Ciência da Informação, Brasília, v. 22, n. 3, p. 217-222, set./dez. 1993.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. Para uma reflexão epistemológica acerca da Ciência da Informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. 5-18, jan./jun. 2001.
HARARI, Y. N. A árvore do conhecimento. In: HARARI, Y. N. Sapiens: uma breve história da humanidade. 19. ed. Porto Alegre: L&PM, 2017.
JAPIASSU, H. Introdução ao pensamento epistemológico. 4. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.
LE COADIC, Y-F. A Ciência da Informação. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1996.
MARCHI, K. R. C.; VALENTIM, M. L. P.; BOTEGA, L. C. A filosofia da informação e a sociedade da informação e conhecimento: reflexões diante do progresso tecnológico. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, Ribeirão Preto, v. 12, n. 2, p. 32-51, set. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v12i2p32-51. Acesso em: 6 abr. 2023.
MORIN, E. A religação dos saberes: desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 2. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1995.
MORIN, E. O método III: o conhecimento do conhecimento. 2. ed. Portugal: Europa-América, 1996.
PANDO, D. A.; ALMEIDA, C. C. Análise sobre a epistemologia e sua aplicação à Ciência da Informação. Informação & Informação, Londrina, v. 26, n. 2, p. 680-705, abr./jun. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.5433/1981-8920.2021v26n2p680. Acesso em: 1 abr. 2023.
PINHEIRO, L. V. R. (org.). Ciência da Informação, ciências sociais e interdisciplinaridade. Rio de Janeiro: IBICT, 1999a.
PINHEIRO, L. V. R. A Ciência da Informação entre sombra e luz: domínio epistemológico e campo interdisciplinar. 1997. Tese (Doutorado em Comunicação) - Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1997.
PINHEIRO, L. V. R. A gênese da ciência da informação: os sinais enunciadores da nova área. In: AQUINO, M. A. (org.). O campo da ciência da informação: gênese, conexões e especificidades. João Pessoa: Ed. da UFPB, 2002. p. 61-86.
PINHEIRO, L. V. R. Campo interdisciplinar da ciência da informação: fronteiras remotas e recentes. In: PINHEIRO, L. V. R. (org.). Ciência da informação, ciências sociais e interdisciplinaridade. Brasília: IBICT, 1999b. p. 155-182.
PINHEIRO, L. V. R. Campo interdisciplinar da ciência da informação: fronteiras remotas e recentes. Investigación Bibliotecológica, Ciudad de México, v. 12, n. 25, jul./dic. 1998. Disponível em: http://dx.doi.org/10.22201/iibi.0187358xp.1998.25.3884. Acesso em: 27 abr. 2023.
PINHEIRO, L. V. R. Ciência da Informação: desdobramentos disciplinares, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. In: GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N.; DILL ORRICO, E. G. (org.). Políticas de memória e informação. Natal: EDUFRN, 2006. p. 11-142.
PINHEIRO, L. V. R. Processo evolutivo e tendências contemporâneas da Ciência da Informação. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 15, n. 1, p. 13-48, jan./jun. 2005.
PINHEIRO, L. V. R.; LOUREIRO, J. M. M. Traçados e limites da ciência da informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 24, n. 1, p. 42-53, jan./abr. 1995.
POMBO, O. Interdisciplinaridade e integração de saberes. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 3-15, mar. 2005. Disponível em: https://doi.org/10.18617/liinc.v1i1.186. Acesso em: 30 jul. 2022.
SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. Para um novo senso comum - a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
SANTOS, B. S. Ciência e senso comum. In: SANTOS, B. de S. Introdução a uma ciência pós-moderna. 3. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2000. p. 33-49.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. 5. ed. São Paulo: EDUSP, 2013.
SARACEVIC, T. Ciência da informação: origem, evolução e relações. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, n. 1, v. 1, p. 41- 62, jan./jun., 1996.
SOUZA, A. G. et al. Pós-modernidade, complexidade e suas nuances na Ciência da Informação. Logeoin: Filosofia da Informação, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 65-81, mar./ago. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.21728/logeion.2022v8n2.p65-81. Acesso em: 6 abr. 2023.
TAYLOR, R. S. Professional aspects of information science and technology. Annual Review of Information Science and Technology, Hoboken, v. 1, p. 15-40, 1966.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Augusto Júnior Macucule, Carlos Cândido de Almeida, Marivalde Moacir Francelin, Marta Lígia Pomim Valentim

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
Authors will keep their copyright and grant the journal with the right of first publication, the work licensed under License Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), which allows for the sharing of work and the recognition of authorship.
Authors can take on additional contracts separately for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal, such as publishing in an institutional repository, acknowledging its initial publication in this journal.
The articles are open access and free. In accordance with the license, you must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits.