MULHERES GESTANTES E O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ILÍCITAS

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.54909/sp.v8i1.139178

Palavras-chave:

Transtornos relacionados ao uso de substâncias, Gravidez, Saúde Pública

Resumo

Introdução: Por mais que tenha havido avanços em direção ao pensamento crítico sobre os papéis nas relações de gênero na sociedade, ainda é recorrente a carga de expectativas e julgamentos sobre as mulheres. Em se tratando de mulheres gestantes que fazem uso de substâncias psicoativas ilícitas, o tratamento dispensado a elas carrega um duplo julgamento – por serem mulheres e por serem gestantes usuárias de drogas. Objetivo: Analisar a produção científica sobre mulheres gestantes e o uso de substâncias psicoativas ilícitas (maconha, cocaína e crack) na realidade brasileira. Metodologia: Revisão de literatura do tipo integrativa. A busca foi realizada na plataforma da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), com descritores controlados, de novembro de 2022 a julho de 2023. Foi utilizada a estratégia PICo: P (população): gestantes; I (interesse): uso de substâncias psicoativas ilícitas; Co (contexto): no cenário de cuidado em saúde. Foram selecionados artigos que pudessem responder ao objetivo do estudo, conforme critérios de inclusão/exclusão e realizada a análise de conteúdo com base em Bardin. Resultados: O conteúdo das produções na área da saúde aborda preponderantemente  a prevalência do uso de substâncias psicoativas por parte das mulheres gestantes e os efeitos orgânicos deste uso para o feto/bebê. As consequências psicossociais e legais que o uso de substâncias psicoativas por mulheres gestantes pode trazer, como perda da guarda dos filhos, foram pouco exploradas no conjunto dos estudos. Conclusão: De modo a qualificar o cuidado em saúde às mulheres gestantes usuárias de substâncias psicoativas, é preciso enfrentar desafios, como o julgamento moral por parte dos profissionais, em especial da área da saúde. Deve-se também aproveitar as potencialidades, como a  motivação das mulheres para cessar o uso durante a gestação.

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Biografia do Autor

Kelly Regina Nunes Nascimento, Grupo Hospitalar Conceição (GHC)

Pós-graduação lato sensu em Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Assistente Social, Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Porto Alegre, Brasil

 

 

Camila Giugliani, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutora em Epidemiologia. Professora Associada da Faculdade de Medicina. Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ensino na Saúde (PPG EnSau) - Mestrado Profissional. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Brasil

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Publicado

2024-06-28

Como Citar

NASCIMENTO, K. R. N.; GIUGLIANI, C. MULHERES GESTANTES E O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ILÍCITAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Saberes Plurais Educação na Saúde, [S. l.], v. 8, n. 1, p. e139178 , 2024. DOI: 10.54909/sp.v8i1.139178. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/saberesplurais/article/view/139178. Acesso em: 28 abr. 2025.