Fluxos migratórios, comunicação e cidadania: vivências de imigrantes LGBT na cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201944.57-73Palabras clave:
Imigrantes LGBT. Fluxos migratórios. Comunicação. Cidadania.Resumen
O trabalho objetiva refletir acerca das experiências de vida de imigrantes lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros que residem no Brasil, mais especificamente, na cidade de São Paulo. O enfoque recai sobre as dinâmicas comunicacionais e sua relação com o exercício da cidadania por parte desses/as imigrantes. Para tanto, tomamos como objeto empírico suas próprias vivências, acessadas por meio de narrativas autobiográficas. Apresentamos e analisamos aqui os relatos de uma mulher lésbica americana e de uma mulher transgênero finlandesa. No que concerne aos procedimentos metodológicos, eles estão pautados na realização de entrevistas semiestruturadas e em uma análise textual, orientada pela análise do discurso de linha francesa. Os apontamentos principais problematizam as discriminações, precariedades e violências a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros em nosso país, as (in)visibilidades presentes no processo migratório e as questões de cidadania aí englobadas.
Descargas
Citas
ANDRADE, Vítor Lopes. Refugiados e refugiadas por orientação sexual no Brasil: dimensões jurídicas e sociais. In: SEMINÁRIO “MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS, REFÚGIO E POLÍTICAS”, 2016, São Paulo. Anais... São Paulo: UNICAMP, 2016.
ANDRADE, Vítor Lopes. Migrações internas e internacionais motivadas por orientação sexual e identidade de gênero. Travessia: Revista do Migrante, São Paulo, n. 77, p. 29-48, dez. 2015.
BUTLER, Judith. Défaire le genre. Paris: Éditions Amsterdam, 2006.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
BUTLER, Judith. Vida precária. Contemporânea, São Carlos, v. 1, n. 1, p. 13-33, jan./jun. 2011.
BANDEIRA, Regina. Resolução que disciplina a atuação dos cartórios no casamento gay entra em vigor nesta quinta-feira. Agência CNJ de Notícias, Brasília, 15 maio 2013.
COGO, Denise. A comunicação cidadã sob o enfoque do transnacional. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 81-103, jan./jun. 2010.
COGO, Denise. Internet e redes migratórias transnacionais: narrativas da diáspora sobre o Brasil como país de Imigração. Novos Olhares: Revista de Estudos Sobre Práticas de Recepção a Produtos Midiáticos, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 91-104, 2015.
COGO, Denise. Mídia, imigração e interculturalidade: mapeando as estratégias de midiatização dos processos migratórios e das falas imigrantes no contexto brasileiro. Comunicação & Informação, Goiânia, v. 4, n. 1/2, p. 11-32, jan./dez. 2001.
COGO, Denise. Migrações contemporâneas como movimentos sociais: uma análise desde as mídias como instâncias de emergência da cidadania dos migrantes. Revista Fronteiras: Estudos Midiáticos, São Leopoldo, v. 9, n. 1, p. 64-73, jan./abr. 2007.
CORTINA, Adela. Cidadãos do mundo: para uma teoria da cidadania. São Paulo: Loyola, 2005.
DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. O mundo dos bens. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2009.
DUARTE Rosália. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 115, p. 139-154, mar. 2002.
SANTOS, Débora. Supremo reconhece união estável de homossexuais. G1, Brasília, 5 maio 2011.
GARCÍA CANCLINI, Néstor. A globalização imaginada. São Paulo: Iluminuras, 2007.
GRUPO GAY DA BAHIA. Assassinato de LGBT no Brasil: relatório 2016. Salvador, 2016.
HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION. World migration report 2015. [2015].
MARTINE, George. A globalização inacabada: migrações internacionais e pobreza no século 21. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 3-22, jul./set. 2005.
MOUNTIAN, Ilana; ROSA, Miriam Debieux. O outro: análise crítica de discursos sobre imigração e gênero. Psicologia USP, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 152-158, 2015.
NAÇÕES UNIDAS. Convenção relativa ao estatuto dos refugiados. 1951.
NAÇÕES UNIDAS. Mundo tem 232 milhões de migrantes internacionais, calcula ONU. 2013.
ORLANDI, Eni P. Análise de discurso: princípios & procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes, 2009.
PETRY, Analídia Rodolpho; MEYER, Dagmar Elisabeth Estermann. Transexualidade e heteronormatividade: algumas questões para a pesquisa. Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 193-198, jan./jul. 2011.
PISCITELLI, Adriana. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 11, n. 2, p. 263-274, jul./dez. 2008.
PRECIADO, Paul. Testo junkie: sexe, drogue et biopolitique. Paris: Grasset & Fasquelle, 2008.
SAYAD, Abdelmalek. A imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: EDUSP, 1998.
SEDGWICK, Eve Kosofsky. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, Campinas, n. 28, p. 19-54, jan./jun. 2007.
SILVERSTONE, Roger. La moral de los medios de comunicación: sobre el nacimiento de la polis de los medios. Buenos Aires: Amorrortu, 2010.
THEODORO, Hadriel G. S. Transgeneridade, mídia e consumo: um estudo de caso das visibilidades midiáticas de Laerte Coutinho. 2016. 156 p. Dissertação - Escola Superior de Propaganda e Marketing, São Paulo, 2016.
VIEIRA, Paulo Jorge. Mobilidades, migrações e orientações sexuais: percursos em torno das fronteiras reais e imaginárias. Ex aequo, Lisboa, n. 24, p. 45-59, 2011
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Hadriel Theodoro, Denise Cogo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).