A corte, o chá e o voto: o consumo como arena política
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201534.322-341Palabras clave:
Consumo e política. História cultural do consumo. Comunicação, poder e consumo. Representações do consumo. Cultura e consumo.Resumen
O objetivo deste trabalho é examinar alguns dos mecanismos que articulam o fenômeno do consumo com a busca pelo poder e a atividade política em questões relacionadas ao caráter simbólico dos bens, a certas formas de comércio e às novas sociabilidades propiciadas pelos espaços de compra. Para tanto, serão analisadas três experiências históricas que representam de modo emblemático as relações entre consumo e política: A primeira trata das sociedades de corte dos reinados de Elizabeth I, na Inglaterra, e de Luís XIV, na França. A segunda, do boicote conhecido como a Festa do Chá de Boston, ocorrido durante a Revolução Americana. A terceira experiência analisa a parceria entre grandes magazines e sufragistas na luta pelos direitos femininos do início do século XX. Dessa forma, é possível mostrar alguns dos modos pelos quais, no mundo moderno, as representações e práticas de consumo se configuraram como arenas de expressão política.
Descargas
Citas
ARNAUD-DUC, Nicole. As contradições do Direito. In: FRAISSE, Geneviève; PERROT, Michelle. História das mulheres. Porto: Edições Afrontamento, 1991.
Au bonheur des dames: l'invention du grand magasin. Direção de Christine LE GOFF e Sally AITKEN. França e Austrália: Arte France; Essential Media & Entertainment; Planète; Special Broadcasting Service (SBS); Telfrance, 2011. Filme para televisão (85 min.).
BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo 1: fatos e mitos. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1970.
BREEN, Timothy H. “Baubles of Britain”: the American and consumer revolutions of the eighteenth century. Past and Present, Oxford, n. 119, p. 73-104, mai. 1988.
CAMPBELL. Colin. Ética romântica e o espirito do consumismo moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores e cidadãos. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
DABHOIWALA, Faramerz. As origens do sexo: uma história da primeira revolução sexual. São Paulo: Biblioteca Azul, 2013.
DAMATTA, Roberto. Você tem cultura? In: DAMATTA, Roberto (org.). Ensaios de sociologia interpretativa. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
DARNTON, Robert. O Iluminismo como negócio. São Paulo: Cia das Letras, 1996.
DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. O mundo dos bens: por uma antropologia do consumo. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
DRIVER, Stephanie. A declaração de independência dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
ECO, Umberto. Apocalípticos e integrados. São Paulo: Perspectiva, 2008.
ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
ENGELS, Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, 2008.
FALCON, Francisco; RODRIGUES, Antonio Edmilson. A formação do mundo moderno: a construção do ocidente dos séculos XIV ao XVIII. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
FRIEDLANDER, Larry. Friending the virgin: some thoughts on the prehistory of Facebook. SAGE Open, Londres, v. 1, n. 2, 2011.
FONTENELLE, Isleide. Consumo ético: construção de um novo fazer político? Revista Psicologia Política, São Paulo, v. 6, n.12, 2006.
GAY, Peter. Freud: uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
GHILANI, Jessica. DeBeers’ “Fighting diamonds”: recruiting American consumers in World War II advertising. Journal of Communication Inquiry, Londres, v. 36, n. 3, p. 222-245, 2012.
JARDINE, Lisa. Worldly goods: a new history of the Renaissance. Nova Iorque: W. W. Norton & Company, 1998.
KROLOKKE, Charlotte; SCOTT, Anne. Three waves of feminism: from suffragettes to girls. In: Gender communication theories and analyses: from silence to performance. Thousand Oaks: SAGE, 2006.
LEACH, William. Transformations in a culture of consumption: women and department stores. The Journal of American History, Bloomington, v. 71, n. 2, 1984.
MACHADO, Mônica. Consumo e politização: discursos publicitários e novos engajamentos juvenis. Rio de Janeiro: Mauad, 2011.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva: forma e razão troca nas sociedades arcaicas. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e Antropologia, vol. 2. São Paulo: EPU/EDUSP, 1974.
MCCRACKEN, Grant. Cultura e consumo: novas abordagens ao caráter simbólico dos bens e das atividades de consumo. Rio de Janeiro: Mauad, 2003.
MILL, John Stuart. The subjection of women. Nova Iorque: Dover Publications, 1997.
MILLER, Michael B. The Bon Marché. New Jersey: Princeton University Press, 1981.
PORTILHO, Fátima. Consumo sustentável: limites e possibilidades de ambientalização e politização das práticas de consumo. CadernosEbape. br, Rio de Janeiro, v. 3, n. 3, p. 1-12, 2005.
PORTWOOD-STACER, Laura.Anti-consumption as tactical resistance: anarchists, subculture, and activist strategy. Journal of Consumer Culture, Londres, v. 12, n. 1, p. 87-105, 2012.
RICARDO, David. Princípios de economia política e tributação. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
ROCHA, Everardo. Culpa e prazer: imagens do consumo na cultura de massa. Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v. 2, n. 3, p. 123-138, 2005.
ROCHA, Everardo; FRID, Marina; CORBO, William. Negócios e magias: Émile Zola, Au Bonheur des Dames e o consumo moderno. Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v.12, n.32, 2014.
SAHLINS, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
SENNETT, Richard. O declínio do homem público. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
STRONG, Roy. Splendor at court: renaissance spectacle and illusion. Londres: Weidenfeld and Nicolson, 1973.
SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2007.
WILLIAMS, Rosalind H. Dream worlds: mass consumption in late nineteenth century France. Berkeley, Los Angeles, Oxford: University of California, 1982.
ZOLA, Émile. O Paraíso das damas. São Paulo: Estação Liberdade, 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2015 Everardo Rocha, Marina Frid, William Corbo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).