O herói e o desviante
medo e euforia no noticiário policial
Palabras clave:
Jornalismo. Cobertura policial. Pânico moral. Medo. Euforia.Resumen
O estudo tem por objetivo identificar a pertinência ou não da aplicação dos conceitos de pânico moral e de demônio popular (folk devil) como forma de compreender a recente adesão eufórica à política de Segurança Pública no estado do Rio de Janeiro. Com a aplicação desses conceitos, oriundos da sociologia e da criminologia, em especial de Stanley Cohen (1972), analisam-se as estruturas narrativas de duas coberturas policiais de jornais cariocas. Concluiu-se que o traficante aparece como elemento desviante enquanto os policiais são apresentados como heróis dentro de um processo de elaboração de uma euforia legitimadora da política de Segurança. O artigo faz parte de uma pesquisa em andamento que tem por principal hipótese a ideia de que os jornais incentivaram a ocorrência do fenômeno do pânico moral na cidade em 2010, quando as ocupações policiais foram intensificadas.Descargas
Citas
A FORTALEZA era de papel. O Globo, Rio de Janeiro, 26 de nov. de 2010, Suplemento Especial, p. 1-3.
AÇÃO do tráfico reavivou o sentimento de cidadania. O Globo, Rio de Janeiro, 27 de nov. de 2010, P. 34.
ARISTÓTELES. A arte poética. São Paulo: Martin Claret, 2003.
BEZERRA, Beatriz Braga, FALCÃO, Carolina Cavalcanti. Capitão Nascimento, protagonista de um espetáculo: a jornada do herói na sociedade do consumo. Revista Temática, v. 9, n. 11, p. 1-14, nov. 2013.
BONFIM, Priscilla. Violência, futebol e erotismo: sensacionalismo e espetacularização nas capas do tabloide Meia-Hora. Trabalho de conclusão de curso (graduação) - Bacharelado em Comunicação, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2007.
CARDOSO, Ciro Flamarion. Narrativa, sentido e história. São Paulo: Papirus, 1997.
COHEN, Stanley. Folk Devils and Moral Panics. London: Routledge, 1972.
COSTA, Ana Cláudia et al. Negociação fracassa e Alemão será invadido. O Globo, Rio de Janeiro, 28 de nov. de 2010, Suplemento Especial, p. 1.
CRUZ, Adriana; MAZZEI, Maria. A batalha dos caveiras para cumprir a missão. O Dia, Rio de Janeiro, 29 de nov. de 2010. p. 3.
DE: POVO DO RIO, Para: Policiais. Extra, Rio de Janeiro, 27 de nov. de 2010. p. 1.
DO QUE RI o traficante Mister M? O Globo. Rio de Janeiro, 28 de nov de 2010, p. 6.
DOWNS, Anthony. Up and down with Ecology: the “Issue-Attention Cycle”. Public Interest, New York, v. 28, p. 38 summer 1972.
DUARTE, Ricardo et al. A estratégia das imagens e dos títulos nas capas do tabloide Meia Hora de Notícias do Rio de Janeiro: o jogo dos valores instituídos. In: COLÓQUIO EM COMUNICAÇÃO E SOCIABILIDADE – COMUNICAÇÃO MIDIÁTICA: INSTITUIÇÕES, VALORES E CULTURA, 1., 2008, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 2008.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis: Vozes, 1999.
GOLDWASSER, Maria Julia. “Cria Fama e Deita-te na Cama: um estudo da estigmatização numa instituição total”. In: VELHO, Giberto (Org.). Desvio e Divergência: uma Crítica da Patologia Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1974. p. 29-51.
ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: 34, 1996. v. 1.
ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: 34, 1999. v. 2.
LEITÃO, Leslie. População ao lado da polícia. O Dia, Rio de Janeiro, 26 de nov. de 2010. p. 38.
MÃE desabafa: estou feliz porque ele ia acabar morrendo. O Dia, Rio de Janeiro, 28 de nov. de 2010. p. 4.
MATHEUS, Leticia Cantarela. Narrativas do medo: o jornalismo de sensações além do sensacionalismo. Rio de Janeiro: Mauad X, 2011.
MAZZEI, Maria; PERES, Thiago. Rotina de resistência para tropas em guerra. O Dia, Rio de Janeiro, 28 de nov. de 2010. p. 28.
MERTON, Robert King. Sociologia: teoria e estrutura. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
NO SITE de O Globo, o desabafo dos internautas. O Globo. Rio de Janeiro, 25 de nov de 2010, p. 8.
O BICHO vai pegar! Meia Hora, Rio de Janeiro, 28 de nov. de 2010, p. 1.
O CORAÇÃO para de bater. O bem venceu. Meia Hora, Rio de Janeiro, 24 de nov. de 2010, p. 2-3.
O MEDO se espalha na cidade; Rio de Janeiro em chamas; Boatos espalham o pânico. Extra, Rio de Janeiro, 28 de nov. de 2010. p. 3-5.
ORGULHO por estar no front. Extra, Rio de Janeiro, 28 de nov. de 2010. p. 3.
OUSADIA e Deboche. Meia Hora, Rio de Janeiro, 24 de nov. de 2010, p. 4.
PM AVANÇA para ocupar o bunker do tráfico na Penha. O Globo, Rio de Janeiro, 25 de nov. de 2010, P. 17-18.
RENDA-SE. Meia Hora, Rio de Janeiro, 27 de nov. de 2010, p 3-8.
RICOEUR, Paul. Hermenêutica e ideologias. Petrópolis: Vozes, 2011.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus Editora, 1994, tomo I.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus Editora, 1995, tomo II.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus Editora, 1996, tomo III.
RICOEUR, Paul. Teoria da interpretação. Lisboa: Edições 70, 2000.
RIO DE JANEIRO em chamas. Extra, Rio de Janeiro, 25 de nov. de 2010. p. 5.
ROHDE, Bruno; SEABRA, Guto; TORRES, Ana Carolina. A ordem veio de longe. Extra, Rio de Janeiro, 23 de nov. de 2010. p. 2-4.
RUAS mais vazias, o sinal do medo. O Globo. Rio de Janeiro, 25 de nov de 2010, p. 19.
SODRÉ, Muniz. Social irradiado: neogrotesco e mídia. São Paulo: Cortez, 1992.
SODRÉ, Muniz. Sociedade, Mídia e Violência. 2ª ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.
TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. São Paulo: Perspectiva, 2004.
UNIDADE DE POLÍCIA PACIFICADORA. AS UPPS. Disponível em: <http://www.upprj.com/index.php/as_upps>. Acesso em: 02 dez. 2014.
VELHO, Giberto (Org.). Desvio e divergência: uma crítica da patologia social. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2014 Leticia Cantarela Matheus, Pedro Henrique Silva

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).