She is the Doctor Who
mulheres, bruxas e cientistas no episódio The Witchfinders
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583.56.134652Palabras clave:
representação feminina, relações de gênero, mulheres, Doctor Who, BBCResumen
O artigo analisa a representação da primeira mulher protagonista da série Doctor Who, no contexto de caça às bruxas, retratado no episódio The Witchfinders. Ao longo de mais de 50 anos, a série foi marcada por sua longevidade e por diferentes homens representando o papel principal, porém, em 2017, foi anunciada a primeira mulher como The Doctor. Buscamos responder qual a relevância desta mudança: apresentar a primeira protagonista feminina em um episódio histórico com contexto de caça às bruxas. As relações de gênero presentes em The Witchfinders evidenciaram o empenho da série em apresentar histórias de mulheres. Através da análise fílmica, embasada pelos Estudos Culturais e de Gênero, observamos mudanças nas representações femininas, resultando em maior representatividade. Apesar dos avanços, as discussões levantadas e o desfecho da trama se distanciam do tema principal, pois a personagem acaba sendo minimizada e, de certa forma, subjugada em relação à vontade masculina. Refletimos que bruxas e mulheres possuem tratamento similar, seres míticos e incompreendidos, que tiveram suas histórias apagadas, como as alienígenas no episódio. Então, mesmo com algumas rupturas, a série perde a oportunidade de explorar mais a Doutora enquanto mulher em uma narrativa focada na repressão feminina.
Descargas
Citas
ANDRADE, Paula Deporte de; COSTA, Marisa Vorraber. Nos rastros do conceito de pedagogias culturais: invenção, disseminação e usos. Educação em Revista (EDUR), Belo Horizonte, n. 33, p. 1-23, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-4698157950. Acesso em: 20 jun. 2023.
CARDOSO, Lívia de Rezende. Relações de gênero, ciência e tecnologia no currículo de filmes de animação. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 463-484, ago. 2016. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0104-026x2016v24n2p463. Acesso em: 20 jun. 2023
DOCTOR WHO. Episódio “The Witchfinders”. Criação: Chris Chibnall. Roteiro: Joy Wilkinson. Direção: Sallie Aprahamian. Produção: Nikki Wilson. 2018. Streaming Globo Play, son., color.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Rio de Janeiro: Elefante, 2017.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. O dispositivo pedagógico da mídia: modos de educar na (e pela) tv. Educação e Pesquisa, [S. l.], v. 28, n. 1, p. 151-162, jun. 2002. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022002000100011. Acesso em: 28 jun. 2023.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloisa (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 206-241.
MARTINS, Alice Fátima. Saudades do futuro: o cinema de ficção científica como expressão do imaginário social sobre o devir. 2013. 292 f. Tese (Doutorado) - Curso de Sociologia, Departamento de Sociologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
PERROT, Michelle. Minha História das Mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.
RAMOS, Esther Marín. Abrazar nuestra conflictividad: la lección del feminismo mainstream. Paradigma: Revista Universitária de Cultura, n. 22, p. 42-47, fev. 2019.
SCHIEBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência? São Paulo: EDUSC, 2001.
TOSI, Lucia. Mulher e Ciência: A revolução científica, a caça às bruxas e a ciência moderna. Cadernos Pagu, Campinas, n. 10, 1998. p. 369-397.
VANOYE, Francis; GOLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. Tradução por Marina Appenzeller. 2. ed. Campinas: Papirus, 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Laíne Lopes da Silva, Claudiene Santos

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).