The fortune teller lost her powers

an analysis of the reconfiguration of the imaginary from the perspective of mediatization

Authors

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583.57.141212

Keywords:

imaginary, mediatization, sense, reconfiguration, journalism

Abstract

In this article we highlight part of the research carried out in our doctoral thesis, where we analyze the reconfiguration of meanings of the order of the imaginary from the perspective of mediatization. Regarding the imaginary, in this specific section we focus on the mythical imaginary, that is, on meanings of the magical and supernatural order that, insofar as they are imaginary, overflow beyond the concreteness of the empirical world. Based on the epistemology of mediatization, we understand that even thesemeanings are at the mercy of reconfigurations when materialized in media devices – in the case under analysis, printed newspapers. In other words, due to processes that are established over time and social and cultural changes, and also due to the interference of other enunciating agents, the materialized meanings are reconfigured in the interpretative act, deviating from what was originally proposed by the author. Here, we will focus on the reconfiguration of the imaginary around a fortune teller, presented as a witness in the investigations into the so-called Kliemann Case, a true crime episode widely publicized by the press in the 1960s in Rio Grande do Sul. We understand that the analysis of journalistic narratives from the time of the events, in comparison with a more recent journalistic narrative of the same events, makes it possible to observe how meanings materialized in newspapers from the 1960s underwent reconfigurations over time.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Ricardo Luís Düren, Universidade de Santa Cruz do Sul

Doutor em Letras pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), como bolsista Capes. Mestre em Letras pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Unisc, como bolsista Capes. Graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Unisc. Pesquisa complexificações que emergem a partir das relações de dialogia entre jornalismo e literatura, bem como, imbricações entre as epistemologias da midiatização e do imaginário. É editor do jornal Zero Hora, do Grupo RBS.

References

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

BARROS, Ana Taís Martins. Portanova; CONTRERA, Malena. Estudos do imaginário: a iniciação como método. In: BARROS, Ana Taís Martins. Portanova et al. (org.). Imag(em)inário: imagens e imaginário na Comunicação. Porto Alegre: Imaginalis, 2018. p. 22-36.

CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. São Paulo: Pensamento, 2000.

CONFIDÊNCIA de dona Margit à médium, na véspera do crime, é a chave do mistério. Diário de Notícias, Porto Alegre, p. 5, 11 jul. 1962.

CONFIRMADA a presença de D. Margit na casa da “médium” Alda Marina. Diário de Notícias, Porto Alegre, p. 5, 12 jul. 1962.

D. MARGIT não ia a cartomantes. Última Hora, Porto Alegre, p. 8-9, 11 jul. 1962.

DE GRANDI, Celito. Diário de Notícias: o romance de um jornal. Porto Alegre: L&PM, 2005.

DE GRANDI, Celito. Caso Kliemann: a história de uma tragédia. Porto Alegre: Literaris/Edunisc, 2010.

DURAND, Gilbert. A imaginação simbólica. Lisboa, Edições 70, 1993.

DURAND, Gilbert. O imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio de Janeiro: Difel, 1998.

DÜREN, Ricardo Luis. O caso Kliemann e a midiatização do imaginário. 2021. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, 2021. Disponível em: http://hdl.handle.net/11624/3346. Acesso em: 18 jun 2019.

FAUSTO NETO, Antônio. Circulação: trajetos conceituais. Rizoma - Midiatização, Cultura, Narrativas, Santa Cruz do Sul, v. 6, n. 2, p. 8-40, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.17058/rzm.v6i2.13004. Acesso em: 18 jun 2019.

JUNG, Carl G. Chegando ao inconsciente. In: JUNG, Carl G. (org.). O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. p. 19-103.

KLIEMANN desmente categoricamente a “médium” Alda Marina. Diário de Notícias, Porto Alegre, p. 5, 24 jul. 1962.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

MAFFESOLI, Michel. O conhecimento comum: introdução à sociologia compreensiva. São Paulo: Brasiliense, 1988.

“MÉDIUM” esotérica, a quem d. Margit consultava com frequência, depôs na polícia. Diário de Notícias, Porto Alegre, p. 5, 10 jul. 1962.

MOTTA, Luiz Gonzaga. Jornalismo e configuração narrativa da história do presente. Compós, Brasília, n. 1, p. 1-26, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.30962/ec.8. Acesso em: 29 jan. 2012.

MUECKE, Douglas Colin. Ironia e o irônico. São Paulo: Perspectiva, 1995.

RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus, 1994. v. 1.

SILVA, Juremir Machado. Diferença e descobrimento: o que é imaginário? (A hipótese do excedente de significação). Porto Alegre: Sulina, 2017.

SODRÉ, Muniz. A narração do fato: notas para uma teoria do acontecimento. Petrópolis: Vozes, 2009.

SOSTER, Demétrio de Azeredo et al. Os circuitos múltiplos e as zonas intermediárias de circulação. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISAS EM MIDIATIZAÇÃO E PROCESSOS SOCIAIS, 2018, São Leopoldo. Anais […]. São Leopoldo: Unisinos/Casa Leiria, 2018.

VERÓN, Eliseo. A produção do sentido. São Paulo: Cultrix; Ed. da Universidade de São Paulo, 1980.

VERÓN, Eliseo. Fragmentos de um tecido. São Leopoldo: Ed. da Unisinos, 2005.

VERÓN, Eliseo. La semiosis social 2: ideas, momentos, interpretantes. Buenos Aires: Paidós, 2013.

Published

2025-01-08

How to Cite

Düren, R. L. “The Fortune Teller Lost Her Powers: An Analysis of the Reconfiguration of the Imaginary from the Perspective of Mediatization”. Intexto, no. 57, Jan. 2025, doi:10.19132/1807-8583.57.141212.

Issue

Section

Articles