“Vaza, Falsiane!”: iniciativa de letramento midiático contra notícias falsas em redes sociais
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202152.94227Palabras clave:
Educomunicação, Notícias falsas, Jornalismo, Redes sociais, ComunicaçãoResumen
A proliferação de informações falsas em redes sociais online criou um cenário de desconfiança em relação às fontes informativas. A preocupação em relação à ameaça de notícias falsas se tornou um terreno fértil para demandas coletivas por propostas para combater a desinformação. Esta pesquisa avalia a proliferação de sites de checagem de fatos, ameaças de controle legal e alterações técnicas em algoritmos de redes sociais, contrastando essas estratégias com o potencial de iniciativas baseadas na educomunicação. Para isso, foi analisado um panorama de propostas de educação midiática já existentes em diferentes plataformas (canais de vídeo, páginas multimídia, oficinas presenciais, curso online aberto e massivo [MOOC, da sigla em inglês “Massive Open Online Course”] sincrônico ou não), comparado suas possibilidades de empoderamento por meio da interatividade, participação e engajamento do público. Em resposta às lacunas nesse campo, foi desenvolvido um novo mecanismo de combate à desinformação usando dos princípios da educomunicação, mas ocupando o mesmo espaço de proliferação das notícias falsas – as redes sociais – e usando seus formatos específicos para lutar contra as fake news em seu próprio ambiente.Descargas
Citas
ALLCOTT, Hunt; GENTZKOW, Matthew. Social Media and Fake News in the 2016 Election. Journal of Economic Perspectives, Nashville, v. 31, n. 2, p. 211-36, 2017.
AOS FATOS. Estes quadrinhos vão ajudá-lo a descobrir se uma informação é verdadeira ou falsa. São Paulo: Aos Fatos, 28 mar. 2018a.
AOS FATOS. Robô checadora do Aos Fatos começa a operar no Twitter. São Paulo: Aos Fatos, 18 jul. 2018b.
BETIM, Felipe. Após torrente de críticas, Temer vetará censura nas redes na campanha de 2018. El País, São Paulo, 6 out. 2017.
BUCCI, Eugenio. Pós-política e corrosão da verdade. USP, São Paulo, n. 116, p. 19-30, 2018.
BUCKINGHAM, David. Media education: literacy, learning and contemporary culture. Cambridge: Polity, 2003.
CANAL FUTURA. Fake News: é falso ou é notícia. [S. l.: s. n.], 2018.
CAPRINO, Mônica Pegurer; MARTÍNEZ-CERDÁ, Juan-Francisco. Alfabetización mediática en Brasil: experiencias y modelos en educación no formal. Comunicar, Huelva, v. 24, n. 49, p. 39-48, 2016.
CITELLI, Adilson. Comunicação e educação: convergências educomunicativas. Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, v. 7, n. 19, p. 67-85, 2010.
COSTA, Andriolli de Brites da. Não há fatos contra argumentos. A falha da atestação da Verdade como validador do Jornalismo. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 17., 2019, Goiânia. Anais [...]. Goiânia: UFG, 2019. p. 1-16.
ECO, Umberto. Apocalípticos e integrados. São Paulo: Perspectiva, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo; GUIMARÃES, Sérgio. Educar com a mídia: novos diálogos sobre educação. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
FUNKE, Daniel. A guide to anti-misinformation actions around the world. [S. l.]: Poynter, 24 July 2018.
HAIGH, Maria; HAIGH, Thomas; KOZAK, Nadine. Stopping fake news. Journalism Studies, Abingdon, v. 19, n. 14, p. 2062-2087, 2017.
HARVEY, Lauren; PALESE, Emily. #NeverthelessMemesPersisted: building critical memetic literacy in the classroom. Journal of Adolescent & Adult Literacy, Newark, v. 62, n. 3, p. 259-270, 2018.
IRELAND, Sonnet. Fake news alerts: teaching news literacy skills in a meme world. The Reference Librarian, Abingdon, v. 59, n. 3, p. 122-128, 2018.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009.
KNIGHT CENTER. Knight Center for Journalism in the Americas. [S. l.]: Knight Center, 2020.
LESSIG, Lawrence. Code version 2.0. New York: Basic books, 2006.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Heredando el futuro: pensar la educación desde la comunicación. Nómadas, Bogotá, n. 5, p. 10-22, 1996.
MATTELART, Armand; MATTELART, Michèle. História das teorias da comunicação. São Paulo: Edições Loyola, 2011.
M&M. Iniciativas para combater notícias falsas: Facebook, Google e Twitter utilizam automação para lidar com o tema. [S. l.]: Meio & Mensagem, 2 jan. 2017.
OLIVEIRA, Felipe Moura de; OSÓRIO, Moreno Cruz; HENN, Ronaldo Cesar. Agir cartográfico: proposta teórico-metodológica para compreensão e exercício do jornalismo em rede. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO, 26., 2019, Porto Alegre. Anais [...]. Porto Alegre: PUC-RS, 2019. p. 1-20.
OROZCO-GÓMEZ, Guilhermo. “Comunicação, educação e novas tecnologias: tríade do século XXI”. In: CITELLI, Adilson; COSTA, Maria Cristina (org.). Educomunicação: construindo uma nova área do conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011. p. 159-174.
PERUZZO, Cecilia Maria Krohling. Epistemologia e método da pesquisa-ação: uma aproximação aos movimentos sociais e à comunicação. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 25., 2016, Goiânia. Anais [...]. Goiânia: UFG, 2016. p. 1-22.
POYNTER. Hands-on fact-checking: a short course. [S. l.]: Poynter News University, 2020. Disponível em: https://www.poynter.org/shop/fact-checking/handson-factchecking. Acesso em 9 nov. 2020.
RIBEIRO, Márcio Moretto; ORTELLADO, Pablo. O que são e como lidar com as notícias falsas. SUR: revista Internacional de Direitos Humanos, São Paulo, v. 15, n. 27, p. 71-83, 2018.
SETHLEWIS.ORG. Introducing a new course for a critical moment in media literacy. [S. l.: s. n.], 26 Sept. 2017.
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. Imprensa livre é remédio contra 'fake news'. São Paulo: Rádio USP, 2 abr. 2018.
SMOOTH, Jay. Crash Course Media Literacy Preview. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (112 min). Publicado pelo canal CrashCourse.
SOUZA, Rafael Bellan Rodrigues de. “Fake news”, pós-verdade e sociedade do capital: o irracionalismo como motor da desinformação jornalística. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 16., 2018, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: FIAM-FAAM, 2018. p. 1-15.
SPAGNUOLO, Sérgio. Como fazer sua própria checagem de fatos e detectar notícias falsas. São Paulo: Aos Fatos, 24 nov. 2016.
SUNSTEIN, Cass. A verdade sobre os boatos: como se espalham e por que acreditamos neles. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
TANDOC JUNIOR, Edson; LIM, Zheng Wei; LING, Richard. Defining 'fake news': a typology of scholarly definitions. Digital Journalism, Abingdon, v. 6, n. 2, p. 137-153, 2017.
THENÓRIO, Iberê; FULFARO, Mariana. Manual do mundo. [S. l.: s. n.], 2008. Canal do YouTube.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.
THIOLLENT, Michel; OLIVEIRA, Lídia. Participação, cooperação, colaboração na relação dos dispositivos de investigação com a esfera da ação sob a perspectiva da pesquisa-ação. In: CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA, 5., 2016, Porto. Anais [...]. Porto: Universidade Lusófona do Porto, 2016. p. 357-366.
VAZA, FALSIANE! Você conhece os 7 pecados capitais das fake news? São Paulo, 18 ago. 2018a. Facebook: Curso Vaza, Falsiane! @cursovazafalsiane.
VAZA, FALSIANE! Teste: dá para acreditar? São Paulo, 19 ago. 2018b. Facebook: Curso Vaza, Falsiane! @cursovazafalsiane.
VAZA, FALSIANE! Homepage. São Paulo: Vaza, Falsiane!, 2019.
WARDLE, Clair. Fake news. It's complicated. Cambridge: First Draft, 16 Feb. 2017.
WERNER, Jack. Como checar boatos em 9 passos. São Paulo: Aos Fatos, 7 abr. 2017.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Ivan Paganotti, Leonardo Moretti Sakamoto, Rodrigo Pelegrini Ratier

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).