Sobre corpos isolados na imagem: a mise en scène em Sangue negro, de Paul Thomas Anderson
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202050.178-198Palavras-chave:
Cinema. Mise en scène. Sangue negro. Estilo. Paul Thomas Anderson.Resumo
O artigo possui como temática o estilo no cinema independente norte-americano. O objetivo é investigar elementos de mise en scène presentes no filme Sangue negro (2007), dirigido por Paul Thomas Anderson, associando-os às funções do estilo cinematográfico descritas por Bordwell (2008). De abordagem qualitativa e utilizando como método a análise fílmica, a pesquisa foi delineada com base em três momentos do longa-metragem, escolhidos a partir do interesse em estudar como Anderson conduz o posicionamento e o movimento dos atores dentro do quadro. Como resultado, observou-se que o cineasta, a partir de um constante interesse pelos aspectos mínimos da imagem bidimensional, aposta num recorrente jogo de velar e desvelar em que não apenas corpos e rostos são ocultados e assumidos, mas também representações subjetivas importantes para uma compreensão ampla da narrativa.
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