Fluxos e territorialidade: comunidade quilombola como linha de fuga

Autores

  • Ione Maria Ghislene Bentz UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS-UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583201637.227-241

Palavras-chave:

Cultura. Design. Territorialidade. Linhas de fuga. Comunidade.

Resumo

Este texto tem por objetivo o estudo da cultura quilombola na migração para espaços urbanos. O território urbano em foco é a Comunidade Quilombola Areal da Baronesa, situada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O referencial teórico tem inspiração nos desdobramentos das máquinas semióticas desenvolvidas
por Deleuze e Guattari, com ênfase nos conceitos de fluxos e territorialidade. Serão analisados os significados simbólicos dos artefatos - comportamentos, rituais, práticas cotidianas, entre outras manifestações da Comunidade do Areal. As práticas de cultura estimulam as práticas de design. Essas práticas oferecem
insumos para a discussão que as consideram como ecossistemas cujos processos projetuais criativos são capazes de produzir artefatos que transformam a realidade social. Serão contempladas a produção dos efeitos de sentidos, as expressões de cultura, o exercício do poder simbólico, as expressões do desejo e a inovação social.

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Biografia do Autor

Ione Maria Ghislene Bentz, UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS-UNISINOS

Doutora em Linguística e Semiótica pela Universidade de São Paulo, BR., Estágio pós-doutoral na Université de Paris 3, Sorbonne,  Mestre em Teoria Literária pela Pontfícia Universidade Católica de Porto Alegre, RS., Especialista em Teoria Literária pela Universidade de Lisboa ( Fundação Calouste Gulbenkian), Graduação em Letras. Tem experiência em docência, pesquisa e orientação ( mestrado e doutorado)  nas áreas de Linguística e Comunicação, com ênfase em sistemas de linguagem,  processos de significação e linguagens sincréticas. Atuação anterior (1994-20040 no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação – Mestrado e Doutorado da Unisinos. Atualmente, é professora pesquisadora e orientadora no curso de Pós-graduação em Design, nível de Mestrado, integrante da Escola Indústria Criativa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e integra o Grupo de Pesquisa “Design Estratégico para inovação cultural e social”, inscrito no diretório do CNPq. Integra o Grupo de Pesquisa em “Semiótica e Culturas da Comunicação”, UFRGS, Diretório CNPq. Atua em docência na Graduação de Design, Moda e Produtos, na disciplina Semiótica; orienta bolsistas de Iniciação Científica em projetos de Design e de Moda. Desenvolve ( 2014/2017)  o  projeto  de pesquisa “Os fundamentos teóricos do design estratégico: reflexão crítica e experiência de pesquisa aplicada”  e, no âmbito do Grupo de Pesquisa, coordena o sub-projeto de pesquisa aplicada “Mulheres do Quilombo do Areal ( POA): práticas criativas artesanais em design para qualificação e inovação”.

E-mail; ioneb@unisinos.br

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Publicado

2016-12-21

Como Citar

Bentz, I. M. G. “Fluxos E Territorialidade: Comunidade Quilombola Como Linha De Fuga”. Intexto, nº 37, dezembro de 2016, p. 227-41, doi:10.19132/1807-8583201637.227-241.

Edição

Seção

Artigos