As estratégias de política editorial de moderação do The Guardian para a comunidade on-line de leitores
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583.55.130210Palavras-chave:
jornalismo digital, política editorial de moderação, interação, comentários, The GuardianResumo
Este artigo pretende analisar de que forma as estratégias da política editorial de moderação de um dos maiores jornais do mundo, o The Guardian, pavimentaram a consolidação da comunidade on-line de leitores na plataforma digital do periódico britânico. A proposta é demonstrar o quanto o enfrentamento da problemática da interação (por meio de comentários) levou o The Guardian a construir uma comunidade fortalecida e disposta a se posicionar. A reflexão aqui apresenta alguns dos resultados encontrados em uma pesquisa sobre a participação de leitores no jornalismo longform. Por meio desse estudo de caso, revisitamos teóricos para confrontá-los com as práticas de moderação e os dados da pesquisa documental. Vislumbra-se que a formação de uma comunidade on-line de leitores está ancorada na compreensão e valorização do público-leitor, assim como no estímulo à lealdade ao projeto jornalístico por meio de estratégias de interação eficazes e amparadas na moderação das discussões.
Downloads
Referências
ANDERSON, I. et al. The dark side of The Guardian comments. The Guardian, London, 12 Apr. 2016.
CARVALHO, M. Ler jornais na era da desinformação. O Público, Lisboa, 21 nov. 2022.
COEN, S. et al. Talk like an expert: the construction of expertise in news comments concerning climate change. Public Understanding of Sciense, Thousand Oaks, v. 30, n. 4, p. 400-416, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1177/096366252098. Acesso em: 12 jun. 2023.
COMMUNITY standards and participation guidelines: 10 guidelines which we expect all participants in the Guardian’s community areas to abide by. The Guardian, London, 7 May 2009.
DIAZ NOCI, J. A new information landscape. Are convergence, participation and new devices killing (or saving) the press? In: GARCÍA, A. (coord.) Periodística y web 2.0: hacia la construcción de un nuevo modelo. Barcelona: Sociedad Española de Periodística, 2014. p. 13-40.
DOMINGO, D. Fostering and moderating citizen conversations. In: ZION, L.; CRAIG, D. (ed.). Ethics for digital journalists: emerging best practices. New York: Routledge, Taylor & Francis 2015. p. 159-173.
DOMINGO, D. et al. Participatory journalism practices in the media and beyond: an international comparative study of initiatives in online newspapers. Journalism Practice, London, v. 2, n. 3, p. 326-342, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1080/17512780802281065. Acesso em: 26 jun. 2023.
FREQUENTLY asked questions about community on the Guardian website: everything you’ve ever wanted to know about community on the Guardian website. The Guardian, London, 7 May 2009.
GRAHAM, T; WRIGHT, S. A tale of two stories from ‘below the line’: comment fields at the Guardian. The International Journal of Press/Politics, Thousand Oaks, v. 20, n. 3, p. 317-338, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1940161215581926. Acesso em: 26 jun. 2023.
LEE, E.-J.; JANG, Y. J.; CHUNG, M. When and how user comments affect news readers’ personal opinion: perceived public opinion and perceived news position as mediators. Digital Journalism, London, v. 9, n. 1, p. 42-63, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1080/21670811.2020.1837638. Acesso em: 26 jun. 2023.
LIU, J.; McLEOD, D. M. Pathways to news commenting and the removal of the comment system on news websites. Journalism, Thousand Oaks, v. 22, n. 4, p. 867-881, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1464884919849954. Acesso em: 26 jun. 2023.
MACEDO, K. C. de A. As interações entre leitores na seção The long read do The Guardian: entre a política editorial de moderação e a participação das audiências ativas. 2020. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Curso de Pós-Graduação em Comunicação, Setor de Artes, Comunicação e Design, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2020.
MASIP, P. et al. Active audiences and journalism; involved citizens or motivated consumers? Brazilian Journalism Research, Brasília, v. 11, n. 1, p. 234 - 255, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.25200/BJR.v11n1.2015.815. Acesso em: 26 jun. 2023.
MOLINA, M. Os melhores jornais do mundo: uma visão da imprensa internacional. São Paulo: Globo, 2008.
MOREIRA, S. V. Análise documental como método e técnica. In: DUARTE, J.; BARROS, A. (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. p. 269-279.
QUADROS, C. I. A participação do público no webjornalismo. E-Compós, Brasília, v. 4, 2005. Disponível em: https://doi.org/10.30962/ec.56. Acesso em: 26 jun.2023.
REINHOLD, H. The virtual community: homesteading on the electronic frontier. Massachusetts: MIT Press, 1993.
RUIZ, C. et al. Public sphere 2.0? The democratic qualities of citizen debates in on-line newspapers. International Journal of Press/Politics, Thousand Oaks, v. 16, n. 4, p. 463 - 487, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1940161211415849. Acesso em: 26 jun. 2023.
RUSBRIDGER, A. Breaking news: the remaking of journalism and why it matters now. Edinburgh: Canongate Books, 2018.
TRYGG, S. Is comment free? Ethical, editorial and political problems of moderating online news. London: Polis/ London School of Economics and Political Science, 2012.
VERSTEEG, W.; TE MOLDER, H.; SNEIJDER, P. Listen to your body: participants’ alternative to science in online health discussions. Health, London, v. 22, n. 5, p. 432-450, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1363459317695632. Acesso em: 26 jun. 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Keyse Caldeira de Aquino Macedo, Claudia Irene de Quadros

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em uma revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais.
A revista utiliza a Licença de Atribuição Creative Commons (CC BY-NC 4.0), que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria.
Auto-arquivamento (política de repositórios): autores têm permissão para depositar todas as versões de seus trabalhos em repositórios institucionais ou temáticos, sem embargo. Solicita-se, sempre que possível, que a referência bibliográfica completa da versão publicada na Intexto (incluindo o link DOI) seja adicionada ao texto arquivado.
A Intexto não cobra qualquer taxa de processamento de artigos (article processing charge).