v. 25 n. 69 (2024): Tecnopoéticas, Inteligência Artificial, maquinações e outras bricolagens

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Nos últimos anos, os avanços nos sistemas robóticos, computacionais e em rede têm expandido nossa capacidade de fabricação, interação e compreensão do mundo. Tecnologias como Inteligência Artificial (IA), automações maquínicas e a WEB tornaram-se parte integrante de nossas vidas, permeando setores como publicidade, indústria, saúde, educação e lazer. Refletir sobre as interações mediadas por essas tecnologias, explorando aspectos como criatividade e emoções, anteriormente atribuídos apenas aos seres vivos, e as implicações das relações humanas com não-humanos maquínicos é de extrema relevância.

A análise dessas novas tecnologias deve contemplar suas potencialidades, sua obsolescência e os seus impactos ecológicos e subjetivos, tanto em nível individual quanto coletivo. Além disso, as implicações éticas, estéticas e políticas da proliferação de imagens geradas por IA, bem como a disseminação de deep fakes e fake news via WEB devem ser consideradas. Neste sentido, questões éticas emergem destacando a necessidade de uma abordagem crítica e reflexiva. Por outro lado, as potencialidades das tecnologias digitais e a comunicação em rede, nos impulsionam a pensar a dimensão multimodal da antropologia contemporânea.

Tamanhas transformações têm gerado implicações profundas nos processos cognitivos, comunicacionais e sensíveis. Nesse sentido, indagamos: quais as confluências e pontos de fricção possíveis entre as pesquisas de campo antropológicas, os processos narrativos e suas grafias, as relações entre humanos, transhumanos não-humanos maquínicos e as tecnologias de IA? Este dossiê visa explorar a complexidade das relações humanas em torno, e por meio, dessas tecnologias, considerando suas implicações ecológicas, sociais e culturais.

Publicado: 2024-12-24

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