A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias

Autores

  • Julio Rezende de Andrade Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.
  • Marina Valadão Camargos Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.
  • Mateus Figueredo de Rezende Reis Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.
  • Ricardo Augusto Barcelos Maciel Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.
  • Tamara Teixeira Melo Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.
  • Sophia Helena Batalha Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Verônica Marques Matos Programa de Pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Hakayna Calegaro Salgado Programa de Pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • João Matheus de Castro Rangel Programa de Pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.
  • Juliana Barroso Zimmermmann Departamento Materno Infantil da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.

Palavras-chave:

Trombofilia, insuficiência placentária, trombose, morte fetal, aborto

Resumo

Introdução: A doença tromboembólica venosa e as complicações obstétricas resultantes do tromboembolismo placentário são as principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal. Pode-se dizer que a gravidez é um fator independente para o desenvolvimento de trombose, já que seu risco é de 5 a 6 vezes maior em mulheres grávidas quando comparadas a não grávidas, sendo mais elevado após o parto.

Pacientes e Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, onde foram estudadas pacientes atendidas no Serviço de Obstetrícia da Universidade Federal de Juiz de Fora (expostos=n=70 pacientes) e na Faculdade de Medicina de Barbacena (não expostos=n=74 pacientes). As pacientes foram divididas em dois grupos: Grupo 1 = pacientes com alguma trombofilia identificada (expostos) através das dosagens de proteína S, proteína C, homocisteína, antitrombina III, mutação da MTHFR, mutação da protrombina e do fator V de Leiden; e Grupo 2 = pacientes do serviço de baixo risco obstétrico.

Resultados: Houve associação entre trombofilia e aborto prévio, bem como trombofilia e morte fetal prévia (p<0,05). O tipo de trombofilia que foi associada a abortamento prévio foi o déficit da proteína S. A mutação da MTHFR foi associada aos antecedentes de HELLP síndrome (p=0,03; x2=4,2) e de pré-eclâmpsia (p=0,03; X2=4,5) quando em homozigotia mutante. A homozigotia para a MTHFR foi também associada às médias de homocisteína, de forma que as homozigotas eram aquelas que apresentavam a maior dosagem de homocisteína (p=0,01; X2=5,8; X= 27,2 ± 41,2 vs. 12,62 ± 19,0).

Conclusões: As trombofilias hereditárias podem estar associadas a mau desfecho obstétrico e devem ser valorizadas na clínica obstétrica.

Palavras-chave: Trombofilia; insuficiência placentária; trombose; morte fetal; aborto

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Biografia do Autor

Julio Rezende de Andrade, Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.

Estagiário do Serviço de Obstetrícia da FM de Barbacena

Marina Valadão Camargos, Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.

Estagiária do Serviço de Obstetrícia da FM de Barbacena

Mateus Figueredo de Rezende Reis, Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.

Estagiário do Serviço de Obstetrícia da FM de Barbacena

Ricardo Augusto Barcelos Maciel, Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.

Estagiário do Serviço de Obstetrícia da FM de Barbacena

Tamara Teixeira Melo, Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME). Barbacena, MG, Brasil.

Estagiária do Serviço de Obstetrícia da FM de Barbacena

Sophia Helena Batalha, Serviço de Obstetrícia, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.

Estagiária do Serviço de Obstetrícia da FM da UFJF

Verônica Marques Matos, Programa de Pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.

Residente de Ginecologia e Obstetrícia do HU da UFJF

Hakayna Calegaro Salgado, Programa de Pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.

Residente de Ginecologia e Obstetrícia do HU da UFJF

João Matheus de Castro Rangel, Programa de Pós-graduação em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.

Residente de Ginecologia e Obstetrícia do HU-UFJF

Juliana Barroso Zimmermmann, Departamento Materno Infantil da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Juiz de Fora, MG, Brasil.

Professora Adjunta do Departamento Materno Infantil da Universidade Federal de Juiz de Fora

Chefe do Serviço de Gestação de Alto Risco da UFJF

Doutora em Medicina pela UFMG

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Publicado

2019-08-20

Como Citar

1.
de Andrade JR, Camargos MV, Reis MF de R, Maciel RAB, Melo TT, Batalha SH, Matos VM, Salgado HC, Rangel JM de C, Zimmermmann JB. A história obstétrica de gestantes com trombofilias hereditárias. Clin Biomed Res [Internet]. 20º de agosto de 2019 [citado 29º de março de 2024];39(2). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/86858

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