Adenocarcinoma de endométrio: Epidemiologia, tratamento e sobrevida de pacientes atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Autores

  • Marcia Appel Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Tiago Selbach Garcia Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Lúcia Kliemann Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Valentino Magno Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Heleusa Mônego Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Maria Celeste Osório Wender Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Adenocarcinoma de endométrio, neoplasia endometrial, epidemiologia, sobrevida, tratamento

Resumo

Introdução: Neste estudo, descreve-se o perfil clínico das pacientes e as características histopatológicas dos carcinomas de endométrio tratados no setor de Oncologia Genital do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), assim como as formas de tratamento, fatores prognósticos e sobrevida.

Métodos: Estudo de coorte histórica incluindo todas as pacientes submetidas a tratamento cirúrgico primário entre 1996 a 2012. Após revisão de prontuários médicos, foram analisadas as variáveis idade, status hormonal, tipo histológico e grau tumoral, invasão miometrial, estadiamento cirúrgico, cirurgia realizada, tratamento complementar e sobrevida.

Resultados: Cento e sessenta e quatro pacientes foram incluídas no estudo, com idade média de 64,2 anos (31-95 anos), sendo quase 90% delas pós-menopáusicas. O tempo de seguimento variou de 4 dias a 14,6 anos. O tipo histológico endometrioide foi o mais encontrado (78% dos casos). A histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral com linfadenectomia pélvica foi a cirurgia mais realizada (77,5%). Tratamento complementar foi realizado em 57,9% das pacientes, sendo a radioterapia o tratamento de escolha em 87,4% deles. Ocorreram 36 óbitos (22%) durante o seguimento, com uma sobrevida média global de 125 meses. Em análise bivariada, idade ≥ 65 anos, tipo histológico não endometrioide, tumores pouco diferenciados (G3), invasão miometrial ≥ 50% e metástase linfonodal relacionaram-se significativamente a um menor tempo de sobrevida. Em análise multivariada, a histologia não endometrioide estádio III e IV, e a presença de comprometimento linfonodal foram significativamente associados ao óbito.

Conclusão: Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura existente e vêm em acréscimo à escassa estatística nacional.

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Publicado

2015-02-25

Como Citar

1.
Appel M, Garcia TS, Kliemann L, Magno V, Mônego H, Wender MCO. Adenocarcinoma de endométrio: Epidemiologia, tratamento e sobrevida de pacientes atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Clin Biomed Res [Internet]. 25º de fevereiro de 2015 [citado 28º de março de 2024];35(1). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/51280

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