Glicação não enzimática de proteínas na gênese da nefropatia diabética

Autores

  • Natasha Ohana Amorim Universidade de Passo Fundo
  • Hugo Roberto Kurtz Lisboa Universidade de Passo Fundo
  • Luciano de Oliveira Siqueira Universidade de Passo Fundo Instituto de Ciências Biológicas Curso de Farmácia

Palavras-chave:

Produtos de glicação avançada, PGA, diabetes mellitus, hiperglicemia, complicações do diabetes.

Resumo

A crescente incidência de pacientes diabéticos tem estimulado pesquisas sobre sua intricada fisiopatologia e assim, poder atuar diretamente na detecção, na prevenção e no tratamento das complicações associadas. A nefropatia diabética acomete até 40% dos pacientes com diabetes mellitus (DM) tipo 1 e tipo 2, sendo a principal causa de insuficiência renal crônica nos pacientes que ingressam em programas de tratamento de substituição renal, tendo como principal determinante na gênese e progressão desta doença: a hiperglicemia. São considerados importantes mediadores patogênicos das complicações diabéticas, os produtos finais de glicação avançada (AGEs, Advanced Glycation end-products), formados aceleradamente no estado hiperglicêmico do diabetes, podem modificar propriedades químicas e funcionais de diversas estruturas biológicas de forma irreversível. A glicose forma produtos de glicação quimicamente reversíveis com as proteínas (base de Schiff), que ao sofrer rearranjos moleculares, formam produtos mais estáveis, porém lentamente reversíveis (produtos de Amadori) que então, podem formar os produtos finais da glicação avançada, irreversíveis. Na presente revisão, pretende-se mostrar o papel dos produtos finais de glicação avançada, como importantes mediadores das diversas complicações diabéticas e o mecanismo pelo qual a hiperglicemia persistente conduz aos danos celulares e teciduais na gênese da nefropatia diabética.

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Biografia do Autor

Natasha Ohana Amorim, Universidade de Passo Fundo

farmacêutica

Especialista em análises clínicas e toxicológicas

Hugo Roberto Kurtz Lisboa, Universidade de Passo Fundo

Possui graduação em Faculdade de Medicina pela Universidade Católica de Pelotas (1972), mestrado em Medicina: Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994) e doutorado em Ciências Médicas: Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999). Atualmente é professor do curso de pós-graduacão em medic da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professor titular da Universidade de Passo Fundo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Endocrinologia, atuando principalmente nos seguintes temas: deficiência de iodo, bócio, diabete tipo 2, síndrome metabólica, diabetes e envelhecimento humano.

Luciano de Oliveira Siqueira, Universidade de Passo Fundo Instituto de Ciências Biológicas Curso de Farmácia

Possui graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Maria (1997), mestrado em Ciências Biológicas (Bioquímica Toxicológica) pela Universidade Federal de Santa Maria (2002) e doutorado em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Atualmente é prof. adjunto II, pesquisador PPTI-II, extensionista QPEx-IV e coordenador do programa de pós-graduação em análise clínicas e toxicológicas da Universidade de Passo Fundo. Tem experiência em análises clínicas, com ênfase em hematologia e bioquímica clínica.

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Publicado

2013-10-15

Como Citar

1.
Amorim NO, Lisboa HRK, Siqueira L de O. Glicação não enzimática de proteínas na gênese da nefropatia diabética. Clin Biomed Res [Internet]. 15º de outubro de 2013 [citado 28º de março de 2024];33(2). Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/36842

Edição

Seção

Artigos de Revisão