A arte/educação no ambiente da escola quilombola de Mata Cavalo: cultura de diálogos e resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2357-9854.104261

Palavras-chave:

Arte/educação. Cultura. Quilombo. Mata Cavalo. Educação popular.

Resumo

No quilombo de Mata Cavalo, a escola é um contexto de aprendizagem rico, porém excludente, repleto de preconceito e injustiças socioambientais. Procura estimular as práticas da arte/educação. Para atender às especificidades educacionais, esta escola planeja as aulas de Arte, junto a uma das disciplinas da parte diversificada do currículo. Entretanto, as manifestações culturais ultrapassam os muros da escola, por meio da educação popular. Temos o objetivo de discutir o ensino de arte e cultura em Mata Cavalo, junto à produção artesanal e as atividades coletivas, que afrontam a hegemonia capitalista. Utilizamos a metodologia Mapa Social, para evidenciar o fortalecimento cultural da comunidade.

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Biografia do Autor

Cristiane Carolina de Almeida Soares, Universidade Federal de Mato Grosso — UFMT, Cuiabá/MT

Arte-educadora, professora e artista plástica. Trabalha com produção e facilitação de cursos de artesanato e artes visuais. É bacharel em Comunicação Social, com licenciatura em Artes Visuais, pós-graduada em MBA - Gestão de Marketing, mestra e doutoranda em Educação pela UFMT. Coordena o projeto de arte Pedra Papel e Tesoura e faz parte do GPEA-UFMT (Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte). Pesquisadora de educação ambiental, cultura popular, educação popular, arte-educação-ambiental, fluxos migratórios e colapsos climáticos.

Regina Aparecida da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso — UFMT, Rondonópolis/MT

Possui graduação em licenciatura em ciências biológicas e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), doutorado em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) (2011) e pós-doutorado em Educação pela UFMT (2013). É professora do departamento de Educação, Campus Universitário de Rondonópolis, UFMT. E, professora credenciada ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFMT), pesquisando e orientando na área de educação ambiental, educação popular, movimentos sociais, mapa social e políticas públicas. Participa do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA). É vice coordenadora do GT 22 - Educação Ambiental - da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED).

Michèle Tomoko Sato, Universidade Federal de Mato Grosso — UFMT, Cuiabá/MT

Licenciada em Ciências Biológicas (São Paulo: 1982), mestre em Filosofia (Norwich: 1992), doutora em ciências (São Carlos: 1997), pós-doutorado em Educação (Canadá, 2007), pós-doutorado em educação (Espanha, 2014). É docente titular no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pesquisadora do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA). Principais áreas de atuação: educação ambiental, artes, emergência climática, direitos humanos, migração climática e epistemologia popular. É coordenadora da Rede Internacional de Pesquisadores em Educação Ambiental e Justiça Climática (REAJA), envolvendo 5 países e 17 entidades.

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Publicado

2021-03-27

Como Citar

SOARES, C. C. de A.; SILVA, R. A. da; SATO, M. T. A arte/educação no ambiente da escola quilombola de Mata Cavalo: cultura de diálogos e resistência. Revista GEARTE, [S. l.], v. 8, n. 1, 2021. DOI: 10.22456/2357-9854.104261. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/104261. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Ensino de Artes Visuais em diferentes campos