Aisthesis: uma breve introdução à estética dos afetos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2357-9854.74040

Palavras-chave:

Estética. Afetos. Design. Experiência.

Resumo

Este artigo pretende apresentar um panorama introdutório de estudos sobre estética a partir do viés dos afetos. Nesse sentido, a estética é balizada pelos afetos humanos e não pela correspondência com algum critério de beleza (visão consolidada nos campos das artes e do design). Assim, propomos a estética como um estudo mais amplo, que trata de questões que abrangem a vida como um todo e se pauta em conceitos relacionados ao modo como somos afetados sensivelmente pelo mundo. Tal visão inicia-se com noções derivadas do pensamento sofista, passa pelo epicurismo e se desenvolve nas filosofias de Baruch Spinoza, David Hume e Friedrich Nietzsche. Por esse prisma, a dimensão estética é entendida como crucial e incontornável em nossa relação com o mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Renato Camassutti Bedore, Universidade Federal do Paraná – UFPR, Curitiba/PR

Universidade Federal do Paraná, formado em Desenho Industrial com ênfase em Programação Visual pela UNESP em 2010 e mestrado regular em Sistemas da Informação no PPGDesign da UFPR, com início em março de 2016.

Marcos Namba Beccari, Universidade Federal do Paraná – UFPR, Curitiba/PR

Professor do Departamento de Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP).

Referências

ALMEIDA, Rogério de. O mundo, os homens e suas obras: filosofia trágica e pedagogia da escolha. 2015. 204 f. Tese (Livre docência) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2015.

ALMEIDA, Rogério de. O imaginário trágico de Ricardo Reis: uma educação para a indiferença. Educação e Filosofia, v. 25, n. 50, p. 635-654, jul./dez. 2011.

BECCARI, Marcos; ALMEIDA, Rogério. O cotidiano estético: considerações sobre a estetização do mundo. Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 10-26, 2016.

BECCARI, Marcos. Articulações simbólicas: uma nova filosofia do design. Teresópolis, RJ: 2AB, 2016.

DELEUZE, Gilles. A ilha deserta. São Paulo: Editora Iluminuras Ltda, 2002.

HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Editora UNESP, 1999.

LEMOS, Celso. Atualidade do diálogo Hípias Maior, de Platão. Kléos, v. 11/12, p. 93-142, jul. 2007/jul. 2008.

MARTINS, André. Nietzsche, Espinosa, o acaso e os afetos: encontros entre o trágico e o conhecimento intuitivo. O Que nos Faz Pensar, Rio de Janeiro, v. 11, n. 14, p. 183-198, 2000.

ONFRAY, Michel. Contra-história da filosofia: libertinos barrocos III. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.

PAGOTTO-EUZEBIO, Marcos Sidnei. A Filosofia, a cidade, a Paideia: os antigos contemporâneos. Páginas de Filosofia, v. 2, n. 1, p. 195-214, jan./jun. 2010.

PAGOTTO-EUZEBIO, Marcos Sidnei. O corpo de Helena e o texto de Isócrates. Revista Internacional d’Humanitats, v. XIV, p. 73-80, 2011.

ROSSET, Clément. Lógica do pior. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1989.

ROSSETTI, Ricardo. Amor e amizade: a 'boa educação' para uma vida justa em Epicuro. In: Marcos Sidnei Pagotto-Euzébio; Rogério de Almeida. (Orgs.). Nós, os antigos: XI Semana de Estudos Clássicos da FEUSP. São Paulo: Képos, 2014. p. 125-152.

SALLES, Lucio Lauro B. M. Górgias Leontino da palavra como Phármakon. 2014. 119 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

SPINOZA, Baruch. Ética. Tradução de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

Downloads

Publicado

2017-12-28

Como Citar

BEDORE, R. C.; BECCARI, M. N. Aisthesis: uma breve introdução à estética dos afetos. Revista GEARTE, [S. l.], v. 4, n. 3, 2017. DOI: 10.22456/2357-9854.74040. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/74040. Acesso em: 29 mar. 2024.