Narrativas emergentes: a história de Luciana Lealdina de Araújo na produção de arte urbana
DOI:
https://doi.org/10.22456/2357-9854.83601Palavras-chave:
Luciana-Araújo. Intervenção-urbana. Arte-política. Narrativas-negras.Resumo
Este artigo objetiva refletir a respeito da produção de arte como dispositivo de discussão para a problemática da invisibilidade negra no Rio Grande do Sul, sua implicância na (re)construção de uma identidade em meio a questões políticas e sociais contemporâneas. Propomos através da arte contemporânea, uma narrativa mais pluralizada que a inclua histórias da população negra, muitas vezes marginalizadas ou registradas de forma superficial na historiografia local das cidades gaúchas. Nesse sentido, propomos apresentar como primeira narrativa a representação de Luciana Lealdina de Araújo, ex escrava na cidade de Pelotas no século XIX, cuja história fora marcada pela trajetória ligada a benemerência e religiosidade. Sua história possibilita o levantamento de questões sobre o contexto social em que viveu, sobre a dificuldade como mulher negra no conseguir apoio para criar uma instituição para meninas órfãs, e sobre a visibilidade de sua memória nos dias de hoje. Acreditamos que a arte urbana promove o encontro de várias culturas, desperta para a reflexão entre arte e política, uma vez que atua como fator que dialoga com as diferentes cidades existentes em um mesmo espaço e, dessa forma, no devir que acompanha cada proposta de Arte. Esta pesquisa, ligada à dissertação de mestrado em Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas, busca promover o debate multidisciplinar ente Arte e Política, tendo a intervenção urbana como ponto circunstancial para a discussão sobre o tema proposto.
Downloads
Referências
BAKOS, M.M; BERND, Z. O negro no Rio Grande do Sul: consciência e trabalho. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1991.
BOURRIAUD, N. Estética Relacional. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
CALDEIRA, J. S. O Asilo de Órfãs Saõ Benedito em Pelotas - RS (as primeiras décadas do século XX): trajetória educativa-institucional. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Rio grande do Sul, 2014. Disponível em <http://repositorio.ufpel.edu.br/bitstream/ri/2809/5/O%20Asilo%20de%20%C3%93rf%C3%A3s%20S%C3%A3o%20Benedito%20em%20Pelotas.pdf> Acesso em: 21.02.2018.
HALL, S.M. A identidade cultural na pós modernidade. Rio de Janeiro: DP&A,1992.
MEIRA, M. R. Educação estética, arte e cultura do cotidiano. In: PILLAR, A. D.(org.). A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 2001.
OLIVEIRA, A. J. M. Devoção e Identidades: significados do culto de Santo Elesbão e Santa Efigênia no Rio de Janeiro e nas Minas Gerais no Setecentos. Topoi (Rio de Janeiro), v. 6, n.12, p. 60-115, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/topoi/v7n12/2237-101X-topoi-7-12-00060.pdf>
RANCIÈRE, J. A Partilha do Sensível. São Paulo: Editora 34 Ltda, 2005.
FERREIRA, Maria Alice. Arte Urbana no Brasil: expressões da diversidade contemporânea. VIII Encontro Nacional de História da Mídia. Unicentro, Guarapuava, PR, 2010. Disponível em:Meus%20documentos/Downloads/Arte%20Urbana%20no%20Brasil%20expressoes%20da%20diversidade%20contemporanea%20(1).pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à Revista GEARTE e que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelo(s) autor (es) e pela Revista.
Ao submeter um artigo à Revista GEARTE e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista GEARTE o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença de Atribuição Creative Commons CC BY 4.0; os autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online em repositórios institucionais/disciplinares ou na sua página pessoal.
Este periódico utiliza uma Licença de Atribuição Creative Commons 4.0 Internacional.