Inquietações e mudanças na Educação Artística: mais de que nunca uma urgência

Autores

  • José Carlos de Paiva Universidade do Porto — UP, Porto

DOI:

https://doi.org/10.22456/2357-9854.73802

Palavras-chave:

Educação Artística. Arte. Político.

Resumo

O artigo escreve-se na primeira pessoa, como um exercício de reflexão, a partir da amplitude de responsabilidade política de um professor de educação artística, envolvido nas encruzilhadas de um tempo controverso onde se confronta a dignidade e imprescindibilidade da presença do artístico nas escolas com uma ofensiva ultra liberal que a pretende anular em favor de uma escola utilitarista que alimente as necessidade do sistema hegemónico e forneça sujeitos dóceis e adormecidos. As controvérsias que afrontam a dignidade humana no mundo contemporâneo exigem-nos entender  que, no terreno educativo, não se procura um modelo que se lhes contraponha mas se criem possibilidades de confrontação com o novo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Carlos de Paiva, Universidade do Porto — UP, Porto

É Doutor em Pintura, Mestre em Arte Multimédia, Graduado em Artes Plásticas, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. É professor na área da Educação Artística e Investigador no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade (i2ADS). Diretor na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Tem percurso múltiplo por vários caminhos, aparentemente dispersos, mas relacionados numa atitude transversal de intervenção crítica no tecido social e atenção globalizante. Coordenador do “movimento intercultural IDENTIDADES”, a partir do qual realiza ações interculturais, de índole artístico e cultural com comunidades em Moçambique, Brasil, Cabo Verde e Portugal.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. A Comunidade que vem. Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Editorial Presença, 1993.

AGAMBEN, Giorgio. O Aberto: o homem e o animal. Tradução de André Dias e Ana Bigotte Vieira. Lisboa: Edições 70, 2011.

BARBOSA, Ana Mae (Org.). Mutações do conceito e da prática. In: BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez Editora, 2008.

BAUDRILLARD, Jean. O paroxista indiferente. Tradução de Clara Pimentel. Lisboa: Edições 70, 1998.

BAUDRILLARD, Jean. O espírito do terrorismo. Tradução de Fernanda Bernardo. Porto: Campo das Letras, 2002.

BLANCHOT, Maurice. O livro por vir. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

DELEUZE, Gilles. Foucault. Tradução de Pedro Elói Duarte. Lisboa: Edições 70, 2012.

FOUCAULT, Michel. O que é a crítica? seguido de A cultura de si. Tradução de pedro Elói Duarte. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

HAN, Byung-Chul. A sociedade do cansaço. Tradução de Gilda Lopes Encarnação. Lisboa: Relógio D”Água, 2014.

JIMENEZ, Marc. La querella del arte contemporáneo. Tradução de Helder Cardoso. Buenos Aires: Amorrortu Editores, 2010.

LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

MOUFFE, Chantal. Prácticas artísticas y democracia agonística. Barcelona: Universidade Autónoma de Barcelona, 2007.

RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Tradução de Maria Correia. Mangualde: Edições Pedago, 2010.

RANCIÈRE, Jacques. The politics of aesthetics. London: Bloomsbury, 2004.

SCOTT, James C. A dominação e a arte da resistência: discursos ocultos. Tradução de Pedro Serras Pereira. Lisboa: Terra Livre, 2013.

Downloads

Publicado

2017-08-31

Como Citar

PAIVA, J. C. de. Inquietações e mudanças na Educação Artística: mais de que nunca uma urgência. Revista GEARTE, [S. l.], v. 4, n. 2, 2017. DOI: 10.22456/2357-9854.73802. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/73802. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Abordagem Triangular: territórios e perspectivas Arte/Educativas