Para pensar o horizonte da arte e da educação na contemporaneidade

Autores

  • Carmen Lúcia Capra Universidade do Estado do Rio Grande do Sul — UERGS, Montenegro/RS, Brasil
  • Daniel Bruno Momoli Universidade Alto Vale do Rio do Peixe — UNIARP, Caçador/SC, Brasil e Faculdade Senac, Caçador/SC, Brasil
  • Luciana Gruppelli Loponte Universidade Federal do Rio Grande do Sul — UFRGS, Porto Alegre/RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22456/2357-9854.65911

Palavras-chave:

Arte. Educação. Escola. Atitude estética. Política.

Resumo

Este artigo pretende problematizar a relação entre as artes visuais e a educação básica, levando em conta a emergência de novos modos de habitar a escola, como os surgidos a partir de ocupações em escolas públicas por estudantes no Brasil desde o ano de 2015. Acredita-se que tanto a arte quanto a educação, compreendidas como campos expandidos e abertos de pensamento, podem aprender mutuamente outros modos de enfrentar as urgências de nosso tempo em relação à educação básica em território brasileiro, com atenção especial às artes visuais nesse contexto. Para a discussão proposta, tomamos como interlocutores teóricos filósofos como Michel Foucault, Giorgio Agamben e Jaques Rancière, entre outros, interrogando sobre a arte que se tem levado para a escola e sobre a experiência com as artes visuais que lá se tem desenvolvido. Entendemos que a escola de hoje exige modos de agir e de se conduzir as artes visuais que atendam ao que se passa no presente da existência comum e partilhada entre os seus habitantes.

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Biografia do Autor

Carmen Lúcia Capra, Universidade do Estado do Rio Grande do Sul — UERGS, Montenegro/RS, Brasil

Professora da Graduação no curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), Mestre e Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/UFRGS). Compõe o Núcleo Educativo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) e o grupo ArteVersa – Grupo de Estudo e Pesquisa em Arte e Docência (CNPq/UFRGS). 

Daniel Bruno Momoli, Universidade Alto Vale do Rio do Peixe — UNIARP, Caçador/SC, Brasil e Faculdade Senac, Caçador/SC, Brasil

Mestre e Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/UFRGS). É docente da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) e da Faculdade Senac de Caçador (SC). Membro do Grupo de Pesquisa Arte na Pedagogia (GPAP – CNPq/MACKENZIE) e do grupo ArteVersa – Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Arte e Docência (CNPq/UFRGS).

Luciana Gruppelli Loponte, Universidade Federal do Rio Grande do Sul — UFRGS, Porto Alegre/RS, Brasil

Doutora em Educação, Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FACED/UFRGS), com atuação na Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa Arte, linguagem e currículo. É líder do grupo ArteVersa Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Arte e Docência (CNPq/UFRGS).

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Publicado

2016-08-31

Como Citar

CAPRA, C. L.; MOMOLI, D. B.; LOPONTE, L. G. Para pensar o horizonte da arte e da educação na contemporaneidade. Revista GEARTE, [S. l.], v. 3, n. 2, 2016. DOI: 10.22456/2357-9854.65911. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/65911. Acesso em: 21 maio. 2025.

Edição

Seção

Artes Visuais na Educação Básica