Para pensar o horizonte da arte e da educação na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.22456/2357-9854.65911Palavras-chave:
Arte. Educação. Escola. Atitude estética. Política.Resumo
Este artigo pretende problematizar a relação entre as artes visuais e a educação básica, levando em conta a emergência de novos modos de habitar a escola, como os surgidos a partir de ocupações em escolas públicas por estudantes no Brasil desde o ano de 2015. Acredita-se que tanto a arte quanto a educação, compreendidas como campos expandidos e abertos de pensamento, podem aprender mutuamente outros modos de enfrentar as urgências de nosso tempo em relação à educação básica em território brasileiro, com atenção especial às artes visuais nesse contexto. Para a discussão proposta, tomamos como interlocutores teóricos filósofos como Michel Foucault, Giorgio Agamben e Jaques Rancière, entre outros, interrogando sobre a arte que se tem levado para a escola e sobre a experiência com as artes visuais que lá se tem desenvolvido. Entendemos que a escola de hoje exige modos de agir e de se conduzir as artes visuais que atendam ao que se passa no presente da existência comum e partilhada entre os seus habitantes.Downloads
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