O tempo do rio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2357-9854.144363

Palavras-chave:

Ancestralidade, Folhas, Rio, Oralidade, Cura

Resumo

Este ensaio-poético-visual é uma costura de tempos e presenças friccionadas a partir dos encontros póstumos à oficina imersiva “Bate-folhas: ancestralidades e histórias de cura” no enREDE 2023. Os saberes ancestrais afro-brasileiros sobre folhas e banhos foram balizadores para partilhas de histórias pessoais e memórias. Assim, abrimos espaço para cura e libertação coletiva nas trocas de experiências, seguindo os caminhos de bell hooks (2017). As águas das bacias transbordaram em palavras, encontrando outros afluentes. Todos nós somos rios. Precisamos, diria Krenak (2023), "mergulhar profundamente nas memórias ancestrais".

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Biografia do Autor

Raquel Silva dos Santos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, São Paulo/SP, Brasil

Artista-Pesquisadora. É doutoranda em Artes pela UNESP. Mestra em Artes pela UNESP (2023) sob orientação da Prof Dr Rejane Galvão Coutinho, com o projeto: Cartas de Marear: as corpografias no Ilú Obá De Min. É integrante do FIGAS: Feminismos, Imagens, Gêneros e Artes, GPIHMAE - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Imagem, História, Memória, Mediação, Arte e Educação no Instituto de Artes da UNESP e grupo de pesquisa EGUNGUN. Bacharel em Artes Cênicas com Habilitação em Cenografia pela Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO (2007). Tem licenciatura em Artes pela Universidade Cândido Mendes (2009). É arte educadora, e como prática pedagógica direciona a pesquisa para as relações do devir sujeito alinhadas com as práticas artísticas em sala de aula. Atualmente é percussionista do Bloco Ilú Obá de Min, do naipe das alfaias. E além de tocar busca construir com este coletivo outras formas de vivências possíveis. Ilustrou a capa e também participou do conselho editorial do livro Nosso Afeto é Potência - mulheres do agogô tecendo histórias (2019), que reúne os relatos das experiências das mulheres ao participar do carnaval do Ilú Obá de Min. É uma das idealizadoras do movimento Donas do Mercado (2020) que visa fortalecer e divulgar o trabalho das mulheres negras empreendedoras pertencentes ao bloco e membro do coletivo artístico de audiovisual DeMin Criações (2020) que além de registrar as experiências das mulheres durante os ensaios na Websérie Atunkò, é responsável pelos Manifestos visuais de Carnaval, entre outros projetos. 

Clarissa Suzuki, Universidade Federal do Amazonas – UFAM, Parintins/AM, Brasil; Universidade de São Paulo – USP, São Paulo/SP, Brasil

Docente há mais de duas décadas, atualmente é Professora Adjunta no Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal do Amazonas - UFAM/Parintins e Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade de São Paulo - PPGAV/ECA/USP. É Coordenadora do Subprojeto de Artes do PIBID-UFAM-Núcleo Parintins e do Laboratório de Pintura do ICSEZ/UFAM. Doutora em Artes pela USP, com pesquisa voltada para as contra-colonialidades e as epistemologias afro-brasileiras e indígenas na educação antirracista das artes. Possui Mestrado em Artes pela USP, com pesquisa voltada para os processos de criação na arte e na educação. Graduada em Licenciatura Plena em Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas pela UNESP e Extensão em Africanidades na Educação pela UnB. Foi professora de arte da rede de ensino municipal, estadual e privada de São Paulo e Coordenadora de Projetos do Instituto Arte na Escola/SP, além de coordenar inúmeros cursos de formação de professores em todo o país, em Secretarias de Educação, de Cultura e instituições como o MASP e o SESC. Desde 2010 é pesquisadora do GMEPAE - Grupo Multidisciplinar de Estudo e Pesquisa em Arte e Educação (ECA/USP). É também pesquisadora do GEPPARTI - Grupo de Estudos e Pesquisas em Processos Artísticos e Tecnologia Interativa (UFAM). Tem experiência nas áreas de Artes e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: caderno de artista, práticas artísticas e processos de criação, ensino e aprendizagem da arte, formação de professores, educação para as relações étnico-raciais, educação antirracista, decolonialidade / contra colonialidade e epistemologias afro-brasileiras e indígenas na educação das artes.

Levi Lopes, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, São Paulo/SP, Brasil

Doutorando e mestre em Arte e Educação pelo PPG Artes do Instituto de Artes da UNESP (IA-UNESP), na linha de pesquisa em processos artísticos, experiências educacionais e mediação cultural. Graduou-se em Licenciatura em Música também no IA-UNESP. Sua formação artística/musical iniciou-se em 2001 na Escola Municipal de Música de Itapetininga, onde posteriormente desenvolveu-se paralelamente no Conservatório de Tatuí (2006), sendo seus instrumentos o violino e a viola. Tem experiência no ensino de música e artes no ensino formal e não formal, desde a educação infantil até o ensino superior. Atualmente, desenvolve atividades como docente no IA-UNESP em disciplinas da licenciatura em artes visuais. É representante discente da pós-graduação da Comissão Local dos Direitos Humanos do IA-UNESP (2023-atual). Foi representante discente titular do PPG Artes (2020-2022). Foi membro da Comissão de Averiguação de Declarações PPI (pretos, pardos e indígenas) do processo seletivo do PPG Artes (2023). É membro do GPIHMAE (Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Imagem, História e Memória, Mediação, Arte e Educação) desde 2017, onde atuou na organização dos dois volumes do 'Partilhas Sensíveis' e em estudos sobre Didi-Huberman. É pesquisador do Egúngún: Grupo de Pesquisa em ancestralidade, cerâmica e decolonialidades na arte e na educação desde 2020. Seus principais interesses de pesquisa são: anarquismo, movimentos sociais, história da arte/educação, arquivo, memória, decolonialidade, contracolonialidade, pedagogias e saberes contra hegemônicos, gênero, raça, lutas LGBTQIAP+, direitos humanos.

Priscila Leonel, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, São Paulo/SP, Brasil

Docente da graduação e da pós-graduação em Artes Visuais, da UNESP. Possui Pós-Doutorado em Arte e Cerâmica, pela ECA-USP (2023). Mestra e Doutora em Artes, pelo Instituto de Artes da UNESP (2017), Especialista em História e Cultura Afro-Brasileira (2020). Possui Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais pelo IA/UNESP (2015). Bacharel em Marketing (2011) e em Pedagogia (2019) pela USP. Atualmente, é Coordenadora do Programa de de Extensão NUPE - Núcleo Negro para Pesquisa e Extensão da UNESP, de Bauru, também coordena o Projeto de Extensão Cerâmica e Ancestralidade e coordena o Projeto de Extensão Principia - Cursinho Pré-Vestibular da UNESP. É integrante do GPIHMAE é o "Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Imagem, História e Memória, Mediação, Arte e Educação" do Instituto de Artes da UNESP. É líder do Grupo de Pesquisa EGUNGUN: Ancestralidades, Cerâmica e Decolonialidade na Arte e na Educação. Tem experiência na área de Artes, Ancestralidade e Decolonialidade, atuando principalmente nos seguintes temas: cerâmica, memória, arte afrodescendente, arte-educação, decolonialidade e mediação cultural.

Referências

BISPO dos Santos, Antônio. A terra dá, a terra quer. São Paulo: Ubu Editora/PISEAGRAMA, 2023.

hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.

KRENAK, Ailton. Um pássaro um rio. Rio de Janeiro: Dantes Editora, 2023.

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Publicado

2024-12-02

Como Citar

SANTOS, R. S. dos; SUZUKI, C.; LOPES, L.; LEONEL, P. O tempo do rio. Revista GEARTE, [S. l.], v. 11, 2024. DOI: 10.22456/2357-9854.144363. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/gearte/article/view/144363. Acesso em: 16 abr. 2025.

Edição

Seção

Ensaio Visual