Didática do Inferno: teatro, pandemônio, tradução
Palavras-chave:
Didática. Transcriação. Filosofias da diferença. Educação.Resumo
Este ensaio examina a palavra didática partindo do seu uso vernacular em direção à sua gênese na cultura grega. Para além de filologismo, quer encontrar os valores de uso que encharcam a palavra. Ao investigar o uso hodierno do termo, obtido de dicionários, identifica-se a escolha da palavra grega vinda de textos cristãos, em detrimento do uso primeiro, inscrito no teatro grego arcaico. Esse esquecimento, como recalque, indica o investimento instintual que o assunto contém. Daí, a hipótese deste texto é que a didática, não obstante seus esforços a partir da segunda metade do século XX, segue inscrita em uma metafísica da presença que estabelece um ideal de ser humano. A fim de se distanciar dessa concepção, opta-se por recorrer à filosofia do inferno de Sandra Corazza em direção a uma didática do inferno, que considere, por um lado, as fraturas de um pensamento diabólico, e, por outro, assuma-a como transcriação didática.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Educação & Realidade

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Ao submeter um artigo à revista Educação & Realidade e tê-lo aprovado, os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Educação & Realidade: os direitos de primeira publicação e a permissão para que Educação & Realidade redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.