Imagens no presídio e as poses de “joinha” – Estamos todos bem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2179-8001.105111

Palavras-chave:

Fotogra a. Imagem. Prisão. Autorrepresentação. Aprisionamento.

Resumo

O trabalho apresenta uma análise das imagens produzidas a partir de oficinas de
fotografia realizadas em dois presídios localizados em Porto Alegre. A partir de
noções trazidas por Catherine Tambrun sobre a impossibilidade do agente externo fotografar nesses ambientes, pretende discutir que especificidades apresentam as Imagens feitas pelos próprios presos, contrapondo noções de imagens da prisão e aprisionamentos da imagem e, ao mesmo tempo, as aproximando de discussões sobre as vidas precárias trazidas por Judtih Butler.

Abstract
This article discusses the reconstruction of memory through two photographic This study analyzes images produced during photography workshops that took place in two prisons, located in Porto Alegre/Brazil; the attendees were comprised of groups of inmates. For Catherine Tambrun, it is impossible for an external agent to photograph these places. Her concepts were used to highlight what specifics were present in the images approximating them to discussions brought forth by Judith Butler with respect to precarious lives, in opposition to general notions of prison images and the imprisonment of images.

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Biografia do Autor

Flavio Fontana Dutra, Universidade do Vale do Sinos – UNISINOS

Graduado em História e em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fez mestrado em História e Teoria Crítica de Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da mesma Universidade. Trabalha como repórter fotográfico no Jornal da Universidade (UFRGS) e como professor na Universidade do Vale do Sinos (Unisinos), nos cursos de Comunicação e de Fotografia.

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Arquivos adicionais

Publicado

2019-12-30

Como Citar

Dutra, F. F. (2019). Imagens no presídio e as poses de “joinha” – Estamos todos bem. PORTO ARTE: Revista De Artes Visuais (Qualis A2), 24(42). https://doi.org/10.22456/2179-8001.105111

Edição

Seção

DOSSIÊ: Apagamentos da memória na arte