Sujeitos infocomunicacionais ou unidimensionais
o que somos?
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245281.299-326Palabras clave:
Sujeito infocomunicacional, Sujeito unidimensional, Emancipação, MercadoResumen
O artigo busca refletir sobre a seguinte questão: somos seres infocomunicacionais, diligentes enquanto sujeitos de nossos processos, ou resultados de construções sociais estabelecidas por mercados, a partir de ideologias que se consolidam na superestrutura da sociedade? Para tentar responder à pergunta, foi selecionado um material que contextualiza o papel das ciências, assim como da própria Ciência da Informação, nos períodos entre e pós-guerra, e que também aborda aspectos ligados à condição humana e à sua subjetividade, a partir das imbricações entre submissão vs. emancipação, comunicação, informação e alteridade. As considerações apontam que somos seres complexos, que não obedecem somente a uma lógica binária, mas inseridos e insurgentes em uma relação de ordem/desordem imposta pela própria complexidade. Portanto, seres infocomunicacionais ativos e cuja consciência supera a inteligência tecnológica, mas suscetíveis à subordinação, por vontade própria, ou não, à subjetividade/objetividade de um mercado que investe pesado em aparatos de comunicação, especialmente em redes neurais e inteligência artificial.
Descargas
Citas
ADORNO, T. Indústria Cultural e Sociedade. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
ADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
ALBAGLI, S. Informação, saber vivo e trabalho imaterial. In. ALBAGLI, S. (org.). Fronteiras da ciência da informação. Brasília, DF: IBICT, 2013.
ALMEIDA, P. R. A economia internacional no século XX: um ensaio de síntese. Revista Brasileira de Política Internacional, [S. l.], v. 44, n. 1, p. 112-136, 2001.
ARAÚJO, E. A. Informação, sociedade e cidadania: práticas informacionais de organizações não governamentais - ONGs brasileiras. Informação e Informação, Londrina, v. 6, n. 1, p. 31-54, jan./jun. 2001.
ARDOINO, J. A complexidade. In: MORIN, E. (Org.). A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
BARRETO, A. A. A questão da informação. Revista São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 8, n. 4, p. 3-8, 1994.
BARRETO, A. Uma história da Ciência da Informação. In: TOUTAIN, L. B. (org.). Para entender a ciência da informação. Salvador: EDUFBA, 2007.
BASTOS, R. L. Marcuse e o homem unidimensional: pensamento único atravessando o Estado e as instituições. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 17, n. 1, p. 111-119, jan./jun. 2014.
BENJAMIN, W. Gesammelte Schriften I. Germany: CIP-Titelaufnahme der Deutschen Bibliothek, 1991.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e técnica. Arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994, vol.1
BORGES, J. Participação política, internet e competências infocomunicacionais: evidências a partir de organização da sociedade civil de Salvador. Salvador: EDUFBA, 2013.
BORGES, J. Competências Infocomunicacionais: estrutura conceitual e indicadores de avaliação. Informação e Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 28, n. 1, p. 123-140, jan./abr. 2018.
BURK, P. Uma história social do conhecimento I: de Gutemberg a Diderot. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
BURK, P. Uma história social do conhecimento II: da enciclopédia à Wikipédia. Tradução: Denise Bottman. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
BUSH, V. As We May Think. The Atlantic Monthly, [S. l.], jul. 1945.
COCCO, G. Revolução 2.0: sul, sol, sal. In: COCCO, G. e ALBAGLI, S. (org). Revolução 2.0 e a crise do capitalismo global. Rio de Janeiro: Garamond, 2012.
DAHER JUNIOR, F. J.; BORGES, J. Competências infocomunicacionais e protagonismo juvenil: convergências possíveis para o desenvolvimento local. In: Encuentro Internacional de Investigadores y Estudiosos de la Información y la Comunicación, 10., 2020, Havana: Editorial Universitaria, 2020. p. 11-1357.
DAHER JUNIOR, F. J.; BORGES, J. Ciência da Informação: uma utopia transdisciplinar? AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento, Curitiba, v. 10. n. 2. p. 89-96, 2021.
ECO, H. Apocalípticos e Integrados. Spain: Editorial Lumen, 1984.
FREIRE, B. M. J.; AQUINO, M. A. Ciência da Informação: buscando abrigo para um sujeito. Transinformação, Campinas, v. 12, n. 2, p. 71-79, jul./dez. 2000.
GALLAGHER, R. G. C. E. Shannon: a retrospective on his life, work, and impact. IEEE Transactions on Information Theory, [S. l.], v. 7, n. 47, p. 2.681-2.695, 2001.
GASPAR, R. G. A trajetória da economia mundial: da recuperação dos pós-guerra aos desafios contemporâneos. Cadernos Metrópole, São Paulo, v. 17, n. 33, p. 265-296, 2015.
GOMES, H. F. Comunicação e informação: relações dúbias, complexas e intrínsecas. In: MORIGI, V.; JACKS, N.; GOLIN, C. (org.). Epistemologias, comunicação e informação. Porto Alegre: Sulina, 2016, p. 91-107.
HALL, S. A. centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 15-46, jul./dez.1997.
HALL, S. A. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.
HOBSBAWM, E. J. 1917- Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MAGALHÃES, C. M.; MILL, D. Elementos para reflexões sobre educação, comunicação e tecnologia: nada é tão novo sobre redes, linguagem e aprendizagem. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, v. 15, n. 2, p. 320-336, jul. 2013.
MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
MARX, K. O capital: crítica da economia política - o processo de produção do capital. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Economistas, v.1).
MARX, K. O capital: crítica da economia política - o processo de produção do capital. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
MATTELART, A. História das teorias da comunicação. São Paulo: Edições Loyola, 2005a.
MATTELART, A. Sociedade do conhecimento e controle da informação. In: Encontro Latino de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura, 5., 2005b, Salvador. Anais... Salvador: UFBA, 2005. p. 1-22.
MIRANDA, O. Tio Patinhas e os mitos da comunicação. 2 ed. São Paulo: Summus, 1978.
MORIN, E. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
MORIN, E. A comunicação pelo meio (teoria complexa da comunicação). Revista FAMECOS, Porto Alegre, v.10, n. 20, p. 07-12, abr. 2008.
MORIN, E. O método 4: habitat, vida, costumes, qualquer organização. 5. ed. Porto Alegre: Sulina, 2011.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 8. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2003.
NICOLESCU, Basarab. Um novo tipo de conhecimento transdisciplinaridade. In: Encontro Catalisador do CETRANS – Escola do Futuro, 1., 1999. Anais... Itatiba: USP, 1999. p. 1-10.
SANTOS, B. S. Da sociologia da ciência a política científica. Revista Crítica de Ciências Sociais, [S. l.], v.1, p. 11-56, jun. 1978.
SANTOS, B. S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Coimbra, Portugal: Edições Almedina, 2018.
SCHWAB, K. A quarta revolução industrial. Tradução: Daniel Moreira Miranda. São Paulo: Edipro, 2016.
SHANNON, C. E.; WEAVER, W. The Mathematical Theory of Communication. Urbana: University of Illinois Press, 1949.
ZUBOFF, S. A era do capitalismo de vigilância: a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2021.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Francisco José Daher Junior, Bruno Almeida dos Santos, Lidia Maria Batista Brandão Toutain

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos autorales y ceden a la Revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que admite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoria.
Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales en forma separada, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta Revista, como para publicar en repositorio institucional, con reconocimiento de autoria y publicación inicial en esta Revista.
Los artículos son de acceso abierto y gratuitos. Según la licencia, usted debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.