A produção dos representantes digitais

análise dos requisitos da digitalização de preservação e da digitalização de substituição

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1808-5245.30.136541

Palavras-chave:

digitalização de preservação, digitalização de substituição, representante digital, gestão de documentos, preservação arquivística digital

Resumo

Esse artigo discute os requisitos para a produção do representante digital nos contextos da digitalização para preservação e da digitalização para substituição. Com o objetivo de elucidar os procedimentos para cada uma das situações a partir da pesquisa nas normas legais, diretivas e padronizadoras, foi realizada a análise dos requisitos e das ferramentas tecnológicas utilizadas nas respectivas situações da digitalização documental. A metodologia de pesquisa empregada possui uma abordagem qualitativa, bibliográfica e documental, permitindo relacionar os principais identificados e propor novas considerações acerca da produção do representante digital. Como resultado, foi constatado que o processo de digitalização de preservação, apresenta atributos robustos capazes de garantir a segurança do procedimento de digitalização, a resolução e a qualidade da imagem digital do representante digital. Em relação à digitalização de substituição, foi verificado que o decreto legislativo não atende os princípios arquivísticos e a publicação de uma norma diretiva e outra orientadora foram benéficas para o procedimento. Concluiu-se que os aspectos da digitalização de preservação e da digitalização de substituição em conjunto, garantem ao representante digital a melhor qualidade da imagem capturada, a resolução necessária para cada tipo documental, os metadados mínimos necessários e o armazenamento seguro, a partir de parâmetros bem delimitados. Logo, o compartilhamento do espaço e dos recursos tecnológicos disponibilizados para a digitalização, contribuiria para a padronização de requisitos, de metadados necessários, e a inserção do representante digital no ambiente virtual da instituição, interoperando com documentos nato digitais, em sistemas de gerenciamento e de preservação arquivística digital.

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Biografia do Autor

Dalton Garcia do Carmo, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui formação como Técnico em Informática Industrial pelo Instituto Federal Fluminense - IFF - Macaé/RJ (2008) e bacharelado em Arquivologia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2020). Mestre em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação - PPGCI/UFMG (2023) e atualmente é doutorando em Ciência da Informação pelo PPGCI/UFMG. Membro discente no Grupo de Pesquisa Políticas e gestão de documentos e arquivos - PGDA/UFMG.

Cintia Chagas, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Ciência da Informação (2016), com com realização de estágio pós-doutoral na Universidad de Salamanca (2019), mestre em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro (2002), graduada em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Minas Gerais e foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação dessa mesma universidade (2021-2023). Líder do grupo de pesquisa Políticas e Gestão de Documentos e Arquivos. Tem experiência na área de Arquivologia, atuando principalmente nos seguintes temas: arquivologia, gestão de documentos, gestão de documentos arquivísticos digitais, avaliação de documentos arquivísticos e reestruturação curricular.

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Publicado

2024-04-16

Como Citar

CARMO, D. G. do; CHAGAS, C. A. A produção dos representantes digitais: análise dos requisitos da digitalização de preservação e da digitalização de substituição. Em Questão, Porto Alegre, v. 30, 2024. DOI: 10.1590/1808-5245.30.136541. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/136541. Acesso em: 17 abr. 2025.

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