UM ESTUDO SOBRE O REFLEXO NO RECONHECIMENTO DOS ATIVOS INTANGÍVEIS APÓS A ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE NAS EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA

Autores

  • Lucivaldo Lourenço Silva Filho Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Umbelina Cravo Teixeira Lagioia Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Francisco de Assis Carlos Filho Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Juliana Gonçalves de Araújo Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Livia Vilar Lemos Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Palavras-chave:

Adoção. IAS/IFRS. Ativos intangíveis. Reconhecimento.

Resumo

Segundo o CPC 04 (R1), os ativos intangíveis são ativos não monetários identificáveis sem substância física. O objetivo deste estudo é verificar se após a adoção das normas internacionais de contabilidade houve variação no reconhecimento dos ativos intangíveis no balanço das empresas listadas na BM&FBovespa, verificando se o comportamento do reconhecimento dos intangíveis ocorreu de maneira uniforme entre os setores econômicos existentes. Para fins deste estudo, os ativos intangíveis são divididos em dois grupos: os intangíveis identificáveis e os intangíveis não identificáveis (goodwill). A amostra é composta por 10 setores representados em 213 empresas listadas na BM&FBovespa, em um período de seis anos, compreendidos entre 2005 e 2007 (antes da adoção das IAS/IFRS) e 2009 e 2011 (após a adoção das IAS/IFRS). Os resultados encontrados indicam que há um maior reconhecimento dos intangíveis identificáveis em todos os setores estudados após a adoção das IAS/IFRS, com destaque para o setor de construção e transporte, que teve um aumento de reconhecimento de 44,75%. Com relação ao goodwill, apenas o setor de bens industriais apresenta um aumento de reconhecimento estatisticamente significativo. Quanto aos ativos intangíveis totais, 7 dos 10 setores estudados apresentam aumento de reconhecimento. Recomenda-se, para estudos posteriores, investigar se existe relação de modificação do intangível, ou demais componentes da contabilidade, em função da regulação contábil desses setores. Os setores que não apresentam aumento no reconhecimento dos intangíveis totais são os de telefonia, petróleo, gás e biocombustíveis e tecnologia da informação. Diante desses resultados, constata-se que as alterações trazidas nos normativos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e do Conselho Federal de Contabilidade efetivamente contribuíram para o aumento do reconhecimento dos intangíveis nas demonstrações financeiras das empresas listadas em todos os setores da BM&FBovespa.

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Biografia do Autor

Lucivaldo Lourenço Silva Filho, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Umbelina Cravo Teixeira Lagioia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutora em Administração pela UFPE. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UFPE

Francisco de Assis Carlos Filho, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Mestre em Ciências Contábeis pela UFPE.

Juliana Gonçalves de Araújo, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Mestranda em Ciências Contábeis pela UFPE.

Livia Vilar Lemos, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Mestre em Ciências Contábeis pela UFPE.

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Publicado

2014-08-30

Como Citar

SILVA FILHO, L. L.; LAGIOIA, U. C. T.; CARLOS FILHO, F. de A.; ARAÚJO, J. G. de; LEMOS, L. V. UM ESTUDO SOBRE O REFLEXO NO RECONHECIMENTO DOS ATIVOS INTANGÍVEIS APÓS A ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE NAS EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA. ConTexto - Contabilidade em Texto, Porto Alegre, v. 14, n. 27, 2014. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/view/39797. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos