Soberania alimentar: uma perspectiva cética
Mots-clés :
Soberania alimentar. Agricultura capitalista. Camponeses. Relações de classe.Résumé
Este trabalho busca identificar e avaliar alguns dos principais elementos que ‘delimitam’ a questão da Soberania Alimentar: (i) um ataque global à agricultura industrial e suas consequências ecológicas, no atual momento da globalização; (ii) a defesa de um (do) “modo camponês” como base de um sistema alimentar sustentável e socialmente justo; e (iii) um programa para concretizar esse objetivo mundial-histórico. Embora acolha o primeiro desses elementos, sou muito mais cético quanto ao segundo, em razão do modo como a soberania alimentar concebe os “camponeses” e do seu postulado de que pequenos produtores adeptos da agricultura ecológica – tida como de baixo consumo de insumos (externos) e intensiva em trabalho – podem abastecer o mundo. Isso leva ao argumento de que a soberania alimentar é incapaz de construir um programa viável (o terceiro elemento) para vincular as atividades de pequenos agricultores às necessidades alimentares de não agricultores, cujos números vêm crescendo, tanto absolutamente quanto como proporção da população mundial.
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