Três críticos latino-americanos

Autores

  • Luiz Jackson Universidade de São Paulo
  • Alejandro Blanco Universidad Nacional de Quilmes

DOI:

https://doi.org/10.1590/15174522-020004705

Palavras-chave:

Críticos literários, trajetórias, campo literário, universidade, América Latina

Resumo

A avaliação dos papéis desempenhados pelos críticos literários na formação do campo intelectual mexicano, em contraposição ao Brasil e à Argentina, além do grau e das modalidades de institucionalização (universidade, imprensa, revistas, etc.) dessa atividade em torno da década de 1950 é o objetivo central deste artigo. Nessa direção, propomos tomar como ponto de partida a trajetória e a produção intelectual do reconhecido crítico e historiador da literatura mexicana, José Luis Martínez (1918-2007), visando compará-las com as do brasileiro Antonio Candido (1918-2017) e do argentino Adolfo Prieto (1928-2016). Praticada até meados do século XX de forma mundana e entendida como um gênero menor da literatura, a crítica seria alavancada por sua institucionalização universitária, mais precisamente pela criação de cursos superiores em letras, ocorrida nos três países na primeira metade desse século, que, progressivamente, conferiu aos críticos meios específicos de legitimação e, cada vez mais, independentes da chancela dos escritores. Obviamente tal processo se deu lentamente e de maneira conflituosa, mas a ascensão e a autoridade conquistada por esses novos produtores culturais alteraram a morfologia e as relações de força nos campos literário e acadêmico.

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Publicado

2018-04-17

Como Citar

JACKSON, L.; BLANCO, A. Três críticos latino-americanos. Sociologias, [S. l.], v. 20, n. 47, 2018. DOI: 10.1590/15174522-020004705. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/79045. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Sociologia da Tradução