Transformations in a contested market

stability and upgrading of the steel industry in the eastern Amazon

Authors

  • Roberto M. Mancini Universidade Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.1590/18070337-128097

Keywords:

Eastern Amazon, steel industry, fields of strategic action, conception of control

Abstract

The work discusses the transformations and the search for successive moments of stability in the steel production market located in the eastern Amazon. The starting point for the analysis of a steel hub that emerged through enormous state resources and social expectations, entangled in the economic policies of military governments, is the remarkable transformations it has undergone in the last two decades. Relying on regulationist and strategic action fields approaches, it was observed how transformations escaped the specific decisions of companies, and were rooted in the effects of the actions of other types of actors located in nearby social fields: on the one hand, non-economic actors begin to carry out social criticism, denouncing environmental and labor irregularities in steel production, thus engendering an institutional crisis to be faced by companies; and, on the other hand, economic actors, who, in order to respond to social criticism and economic pressures, undertook innovations, by modifying either their productive organization or the rules that regulate relations in this market. These transformations led to the transformation of conceptions of control, which in different periods supported the institutional logic that guarantees market stability, allowing progress in the modalities of economic and social improvement (upgrading), given that there were companies that advanced in the value chain and social protest agendas were reduced.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Roberto M. Mancini, Universidade Federal do Maranhão

Doutor em Ciências Sociais (PPGCSoc/UFMA), membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Trabalho e Sociedade (GEPTS) e professor de Sociologia do quadro permanente do Governo do Maranhão.

References

ASSIS, William S.; CARNEIRO, Marcelo S. O uso de carvão vegetal como fonte de energia para o PSC: controvérsias ambientais, sociais e econômicas. In: RAMALHO, J.R.; CARNEIRO, M. S. (org.). Ações coletivas em complexos mínero-metalúrgicos na Amazônia e no Sudeste brasileiro. São Luis: EDUFMA, 2015. p. 71-103.

AÇO VERDE DO BRASIL – AVB. Relatório anual de sustentabilidade 2019/2020. 2020. Disponível em: https://avb.com.br/wp-content/uploads/2020/05/RELAT%C3%93RIO-DE-SUSTENTABILIDADE-Rev.-Final.pdf

BARRIENTOS, Stephanie; GEREFFI, Gary; ROSSI, Arianna. Economic and social upgading in global production networks: A new paradigm for a changing world. In: GEREFFI, G. Global value chains and development redefining the contours of 21st century capitalism. Cambridge: Cambridge University Press, 2018.

BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Eve. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

BOURDIEU, Pierre. Las estructuras sociales de la economia. Buenos Aires: Manantial, 2001.

BOSSI, D. Impactos e resistências em Açailândia, profundo interior do Maranhão. In: FORUM CARAJÁS. Mineração na Amazônia: Estado, empresas e movimentos sociais. São Luís: Forum Carajás, 2010. p. 22-32.

BOYER, Robert. Teoria da regulação: os fundamentos. São Paulo: Estação Liberdade, 2009.

BOYER, Robert; FREYSSENET, M.: Los modelos productivos. Editorial Fundamentos, Madrid, 2003.

CARNEIRO, Marcelo S. As transformações do campo da produção siderúrgica na Amazônia (1988-2018): apogeu, declínio e o processo de aprimoramento da cadeia de valor. In: RAMALHO, J. R.; CARNEIRO, M. S; VÉRAS DE OLIVEIRA, R. (org.). Configurações do desenvolvimento, trabalho e ação coletiva. São Paulo: Annablume, 2021

CARNEIRO, Marcelo S. Mercado e contestação: a atuação da crítica social e as transformações nas estratégias das empresas siderúrgicas de Carajás (1988-2012). Política&Sociedade. Florianópolis - Vol. 15 - Nº 33, p. 282 – 313, Maio/Ago. 2016.

CARNEIRO, Marcelo S. Terra, trabalho e poder: conflitos e lutas sociais no Maranhão contemporâneo. São Paulo: Annablume, 2013.

CARNEIRO, Marcelo S. Crítica social e responsabilização empresarial: análise das estratégias para

legitimação da produção siderúrgica na Amazônia Oriental. Caderno CRH. Salvador. Vol. 21,n. 53. p.323-336, 2008.

CARNEIRO, Marcelo S. Estado e empreendimentos guseiros no programa grande Carajás: as políticas

públicas a serviço da industrialização. In: CASTRO, E. M.; MARIN, R. E. (org). Amazônias em tempo de transição. Belém: UFPA/NAEA, 1989.

CASTRO, Edna Maria R. de. Industrialização, transformações sociais e mercado de trabalho. In: CASTRO, E. M. et al. (org.). Industrialização e grandes projetos: desorganização e reorganização do espaço. Belém: Editora da UFPA, 1995. p. 91-120.

EVANGELISTA, Leonardo N. A cidade da fumaça: a constituição do grupo operário do bairro do Pequiá no município de Açailândia/MA. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2008.

FEITOSA, R. M. M.; RIBEIRO, É. B. Desenvolvimento Industrial do Maranhão: Ensaio Socioeconômico e histórico. In: CASTRO, E. M. et al. (org.). Industrialização e grandes projetos: desorganização e reorganização do espaço. Belém: Gráfica e Editora da UFPA, 1995.

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS – FIDH. Brasil: quanto vale os direitos humanos? Os impactos sobre os direitos humanos relacionados à indústria da mineração e da siderurgia em Açailândia. Federação Internacional dos Direitos Humanos, 18 maio 2011. https://www.fidh.org/pt/americas/brasil/9661-quanto-valem-os-direitos-humanos-os-impactos-sobre-os-direitos-humanos-da

FLIGSTEIN, Neil. Understanding stability and change in fields. Research in Organizational Behavior. N.33. 39–51. 2013.

FLIGSTEIN, Neil. Mercado como política: uma abordagem político-cultural das instituições de mercado. Contemporaneidade e Educação, n. 9, p. 26-55, 2001.

FLIGSTEIN, Neil; McADAM, Doug. A theory of fields. Nova York: Oxford University Press, 2012.

GEREFFI, Gary. The global economy: Organization, governance and development. In:

SMELSER, N.; SWEDBERG, R. (ed.). The handbook of economic sociology. 2. ed. Princeton: Princeton University Press, 2005.

GONÇALVES, Reinaldo. Grupos econômicos: uma análise conceitual e teórica. Revista Brasileira de Economia, v. 45, n. 4, p. 491-518, 1991.

GREENPEACE. Carvoaria amazônica. Como a indústria de aço e ferro gusa está

destruindo a floresta com a participação de governos. Manaus: Greenpeace, 2012.

HALL, Peter A.; TAYLOR, Rosemary C. R. As três versões do neo-institucionalismo. Lua Nova, n. 58, p. 193-223, 2003.

INSTITUTO AÇO BRASIL – IAB. Anuário estatístico 2020 (Anuário completo). Rio de Janeiro: IAB, 2020.

INSTITUTO OBSERVATÓRIO SOCIAL. Responsabilidade social das empresas siderúrgicas na cadeia produtiva do ferro-gusa na região de Carajás: os produtores de carvão vegetal - Relatório Geral. Rio de Janeiro: Instituto Observatório Social, mar. 2006.

LEOPOLDI, Maria Antonieta. A economia política do primeiro governo Vargas (1930-1945): a política econômica em tempos de turbulência. In: FERREIRA, J. et al. (org.). O Brasil Republicano. v. 2: o tempo do nacional-estatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2003.

LIMA FILHO, Antônio et al. Atlas político-jurídico do trabalho escravo contemporâneo no Maranhão. Açailândia: CVDH; Ética, 2011.

LIMA, Ana Carolina C.; SIMÕES, Rodrigo F. Teorias do desenvolvimento regional e suas implicações de política econômica no pós-guerra: o caso do Brasil. UFMG/Cedeplar (Texto para discussões), n. 358, 2009.

MANCINI, Roberto M. Modelos produtivos, mudança institucional e mercado de trabalho na Amazônia maranhense: estratégias de empresas e trajetórias de trabalhadores na indústria siderúrgica. 2021. 267 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2021.

MANCINI, Roberto M. Siderurgia e mercado de trabalho na Amazônia maranhense: a dimensão socioeconômica da estruturação do território produtivo de Açailândia (MA). 2015. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2015.

MANCINI, Roberto M; CARNEIRO, Marcelo S. Desenvolvimento industrial e mercado de trabalho: contestação social e transformações recentes na produção siderúrgica na Amazônia Oriental. Caderno CRH, v. 31, n. 83, p. 373-387, 2018a.

MANCINI, Roberto M; CARNEIRO, Marcelo S. A construção do mercado de trabalho de carvão vegetal na Amazônia oriental: estratégias corporativas e crítica social. Estudos de Sociologia, v. 23, n. 45, p.175-196, 2018b.

MONTEIRO, Maurílio A. Em busca do carvão vegetal barato: o deslocamento de siderúrgicas para a Amazônia. Novos Cadernos do NAEA, v. 9, n. 2, p. 55-97, 2006.

MONTEIRO, Maurílio A. A produção de carvão vegetal na Amazônia: realidade e alternativas. Papers do NAEA, n. 173, 2004.

MOURA, Flávia A. Escravos da Precisão: economia familiar e estratégias de sobrevivência de trabalhadores rurais em Codó (Ma). 2006. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2006.

MUSACCHIO, Aldo; LAZZARINI, Sergio G. Ascensão e queda do Leviatã como

empreendedor. In: MUSACCHIO, A.; LAZZARINI, S. G. Reinventando o capitalismo de Estado. O Leviatã nos negócios: Brasil e outros países. São Paulo: Portfolio Penguin, 2015.

PITOMBEIRA, Karla S. A construção da responsabilidade social empresarial no polo siderúrgico de Carajás: o caso do Instituto Carvão Cidadão. 2011. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2011.

POLANYI, Karl. A subsistência do homem e ensaios correlatos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

QUARESMA, Luiz F. Desenvolvimento de estudos para elaboração do Plano Duodecenal (2010-2030) de geologia, mineração e transformação mineral. Relatório Técnico 59: perfil do ferro gusa. Brasília: Ministério de Minas e Energia (MME), 2009.

RAMALHO, José Ricardo; CARNEIRO, Marcelo S. Trabalho e siderurgia na Amazônia brasileira. In:

CARNEIRO, M. S.; RAMALHO, J. R. (org.). Ações coletivas em complexos minero-metalúrgicos: experiências na Amazônia e no Sudeste brasileiro. São Luis: EDUFMA, 2015. p. 15-43.

SANTOS, Marcelo M. A crise no setor siderúrgico do Distrito Industrial de Marabá e as estratégias empresariais. 2015. (Mestrado em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia) – Universidade Federal do Sul e Sudoeste do Pará, Marabá, 2015.

SANTOS, Rodrigo S. P. A forja de Vulcano: siderurgia e desenvolvimento na Amazônia oriental e no Rio de Janeiro. 2010. Tese (Doutorado em Sociologia e Antropologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.

SUZIGAN, Wilson. Indústria Brasileira: origens e desenvolvimento. São Paulo: Brasiliense, 1986.

SWEDBERG, Richard. Max Weber e a ideia de sociologia econômica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; São Paulo: Beca produções culturais, 2005. (Col. Economia e Sociedade, v.5).

TARROW, Sidney. O poder em movimento: movimentos sociais e confronto político. Petrópolis: Vozes, 2009.

WEBER, Max. A objetividade do conhecimento na ciência social e na ciência política. In: WEBER, M. Metodologia das Ciências Sociais. São Paulo: Cortez. 2016. p. 209-274.

Published

2023-10-05

How to Cite

MANCINI, Roberto M. Transformations in a contested market: stability and upgrading of the steel industry in the eastern Amazon. Sociologias, [S. l.], v. 25, n. 62, 2023. DOI: 10.1590/18070337-128097. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/128097. Acesso em: 11 aug. 2025.

Issue

Section

Dossier Social contestation, transformation, and stabilization of markets