A INTEGRAÇÃO DO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE COMO PROMOTORA DA HUMANIZAÇÃO/SUS
DOI:
https://doi.org/10.54909/sp.v2i1.88885Abstract
A partir da publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2002) pelo MEC para os cursos da área da saúde, denota-se o desafio de integrar sinergicamente a formação e o cuidado, envolvendo as Instituições de Ensino Superior (IES) e o Serviço de Saúde (SUS), representantes de dois setores estratégicos, sem desconsiderar a comunidade, o terceiro, historicamente excluído dessa relação. Para que esta integração ocorra torna-se necessário fomentar uma compreensão de educação como um processo dialógico, reflexivo, problematizador e emancipatório (CABRAL, 2005; MENEZES; SANTIAGO, 2014). Outra dimensão relevante nessa interface entre o cuidado e a formação em saúde é a Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2006) que busca estimular a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários, construindo processos coletivos para humanizar as relações de poder, trabalho afeto ampliando a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no autocuidado (BRASIL, 2013). O presente trabalho é parte de uma dissertação de mestrado profissional em saúde coletiva da FURB, composta por três vídeos que narram a construção participativa de uma política municipal de integração ensino-serviço-comunidade no município de Blumenau, Santa Catarina. No contexto acadêmico os vídeos podem ser considerados produtos inovadores, sendo de grande interesse nos mestrados profissionais. O objetivo do presente trabalho é apresentar a IESC como potencializadora da humanização. As cenas foram obtidas a partir de entrevistas no processo de construção dessa política que contou com cinco eventos preparatórios, culminado com uma conferência municipal. Nesse vídeo, com tempo de duração de três minutos, percebe-se o potencial da IESC na concretização da política de humanização, sendo pautada pela participação ativa dos atores envolvidos, favorecendo o protagonismo nos processos de cuidar, aprender e ensinar, indo ao encontro dos princípios da política de humanização do SUS, a saber: inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde, protagonismo, transversalidade e autonomia dos sujeitos.
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References
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