Réinventer le Silence :
sur l’introduction des fonds sonores dans le théâtre français du dernier tiers du XXe siècle
Palavras-chave:
Ambiances sonores, Mise en scène au XXe siècle en France, Création sonore, Dramaturgie sonoreResumo
Selon une approche à la fois théorique et historique, cet article s’intéresse à la réinvention du silence sur les scènes théâtrales françaises au dernier tiers du XXe siècle, par la création de ce qui a été nommé diversement « silence habité », « décors », « fonds » ou « ambiances sonores ». L’article cherche, en s’appuyant sur les témoignages des créateurs sonores André Serré et François Leymarie, respectivement collaborateurs de Patrice Chéreau et Joël Pommerat, à analyser les enjeux dramaturgiques et esthétiques qui ont été attribués aux fonds sonores. Il établit des liens entre les différentes pratiques et interroge le statut paradoxal de ces sons d’arrière-plan : aussi discrets soient-ils, ils occupent, pour ceux qui les suscitent, la fonction essentielle de se substituer à une abstraction – le silence du plateau – et de créer un cadre acoustique choisi pour l’écoute du spectacle.
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