Medidas de adaptação no fortalecimento da Justiça Climática: o racismo e a urgência ecológica característica da catástrofe gaúcha

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2317-8558.141900

Resumo

No contexto de Injustiça e Racismo Climático retratado na catástrofe ocorrida no Rio Grande do Sul no ano 2024, em que um cenário global de urgência ecológica restou evidenciado, medidas de adaptação ganham importância. O problema de pesquisa do presente artigo consiste na pergunta: como medidas de adaptação podem enfrentar o cenário de Injustiça e Racismo Climático característicos da catástrofe gaúcha? O objetivo do artigo é investigar de que maneiras medidas de adaptação podem confrontar a conjuntura disposta a partir o cenário ocorrido no Rio Grande do Sul. Na primeira subseção tem-se o objetivo específico de discorrer sobre o quadro fático da tragédia climática gaúcha e contextualizá-la a partir do cenário global de urgência ecológica. No segundo subitem, aborda-se os conceitos e os movimentos de Justiça e Racismo Climático e discorre-se a respeito dos grupos mais impactados pelo desastre. Na terceira parte do artigo objetiva-se conceituar medidas de adaptação, explorar a Lei 14.904/2024, bem como as possíveis relações entre a efetivação de medidas de adaptação e o enfrentamento do Racismo Climático. O método de abordagem utilizado nesta pesquisa é o dedutivo. Já o método de procedimento adotado é o monográfico, com ampla consulta em doutrina, artigos científicos nacionais e estrangeiros. As técnicas de pesquisa utilizadas são a bibliográfica e documental. A hipótese do artigo é corroborada, dado que foi asseverado o potencial das medidas de adaptação de promover a resiliência dos sistemas das comunidades mais vulneráveis às mudanças climáticas.

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Biografia do Autor

Gabrielle Tabares Fagundez, Universidade Federal de Santa Catarina

Pós-doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC com projeto de título DIREITOS HUMANOS, EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E SAÚDE: O QUADRO DE INJUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL QUE PERPETUA DIFERENÇAS E O ENFRENTAMENTO DAS VIOLAÇÕES DE DIREITOS SOCIOAMBIENTAIS. Recebe bolsa de Pós-Doutorado Júnior (PDJ) do CNPq. Doutora em Direito pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Foi bolsista CNPq durante o doutorado. Participação no Programa PRINT (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INTERNACIONALIZAÇÃO) com realização de atividades de pesquisa durante um semestre na Universidade de Coimbra (Portugal), com recebimento de bolsa pela CAPES. Mestre em Direito pela UFSC. Pesquisadora do Observatório de Justiça Ecológica - grupo de pesquisa cadastrado no CNPq. Colaboradora da Clínica de Justiça Ecológica, projeto de extensão formada por docentes e discentes dos cursos de graduação e pós-graduação em Direito da UFSC e vinculado ao Grupo de Pesquisa Observatório de Justiça Ecológica. Desenvolve pesquisa nas áreas de Direito Ambiental, Direitos Humanos, Direito Animal e Direito Internacional.

Tônia Andrea Horbatiuk Dutra, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Direito - área de concentração Direito, Política e Sociedade - pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2021), com estágio de doutorado na Universidade Rovira i Virgili - URV - Tarragona, graduada em Direito pela UFSC (1991) e Mestre em Direito - área de concentração Teoria, Filosofia e História do Direito, pela mesma Universidade (2012). Pesquisadora e professora. Atua nas áreas do Direito Ambiental e Filosofia do Direito com pesquisas nos temas relacionados à Ética, Justiça Ecológica e Ecofeminismo, com Pós-Doutorado em Direito na Universidade Federal de Santa Catarina como bolsista PDJ/CNPq, e estágio de pesquisa realizado na Universidade Autônoma de Madri - UAM (Projeto Speak4Nature).

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Publicado

2024-12-30

Como Citar

Tabares Fagundez, G., & Horbatiuk Dutra, T. A. (2024). Medidas de adaptação no fortalecimento da Justiça Climática: o racismo e a urgência ecológica característica da catástrofe gaúcha . Cadernos Do Programa De Pós-Graduação Em Direito – PPGDir. UFRGS, 19(1), 102–127. https://doi.org/10.22456/2317-8558.141900