A POESIA AFRO-BRASILEIRA DE CONCEIÇÃO EVARISTO
UMA LEITURA PELA IGUALDADE ÉTNICA
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-8915.125205Abstract
Diante da expressividade da literatura afro-brasileira como cultura das bordas e seu funcionamento como símbolo de denúncia, escritoras como Conceição Evaristo refletem, em suas escritas, a voz da mulher negra e o combate às injustiças sociais, revelando um lugar de resistência à diáspora africana e uma perspectiva literária de autoria. Sob esta ótica, considera-se a problemática do racismo e a necessidade de construção de uma igualdade étnica. O artigo se baseia na multimodalidade da linguagem e na semiótica das culturas para propor a leitura literária de dois poemas da referida escritora, cuja voz performática, semiotizada, faz emergir na materialidade textual o simbólico da linguagem, cujos sentidos suscitam o imaginário humano, permitindo, ao leitor, a reconstrução da diáspora africana e a percepção do lugar de autoria da mulher negra comprometida com a trajetória do seu povo. Destaca-se a importância de discutir as relações étnico-raciais – Lei 10.639 – que tornam obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira nas redes de ensino brasileiras, em especial, na educação pública, com características socioeconômicas de exclusão, necessitando de abordagens que possibilitem romper com o paradigma do racismo cristalizado socialmente em prol do desenvolvimento do pensamento crítico e do reconhecimento de movimentos de redemocratização de políticas públicas socioeducacionais.
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