POLÍTICAS LINGUÍSTICAS

ENTRE A COOFICIALIZAÇÃO DAS LÍNGUAS INDÍGENAS E A ASSIMILAÇÃO CULTURAL

Autores

  • Ivonete Nink Soares UFMS
  • Patrícia Graciela da Rocha UFMS

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.130762

Resumo

O presente estudo pretende refletir sobre as políticas linguísticas governamentais voltadas aos povos indígenas brasileiros ponderando sobre a relação entre a ausência/presença de cooficialização de suas línguas maternas e a assimilação cultural desses povos. Nosso objetivo é problematizar o tratamento dado às línguas indígenas desde 1500 até os dias atuais, numa perspectiva histórica, considerando o processo de colonização e as inúmeras tentativas de silenciamento das línguas dos povos originários. Dentre as nossas reflexões, destacamos a função da política linguística de cooficialização das línguas indígenas conquistada nas últimas duas décadas no reconhecimento pelo direito à diferença, à diversidade e à cultura. Concluímos que as políticas linguísticas de cooficialização das línguas indígenas, quando deixam de ser apenas declaradas em lei e são, de fato, efetivadas, oportunizam e ampliam a possibilidade de participação dos indígenas nas diversas esferas da sociedade, principalmente nas que contemplam o uso da sua língua materna. Elas também demonstram um Estado que age em favor dos direitos humanos, colaboram para a desconstrução da imagem dos indígenas como povo único e homogêneo, atrelado ao passado, com os mesmos costumes, as mesmas culturas e, principalmente, com a mesma língua.

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Biografia do Autor

Ivonete Nink Soares, UFMS

Doutoranda em Estudos de Linguagens na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Mestra em
Letras pela Universidade Federal do Acre (UFAC). Especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior por Faculdades Integradas de Ariquemes (FIAR), graduada em Letras - Português e Inglês por Faculdades Integradas de Ariquemes (FIAR). Professora efetiva do estado de Rondônia para a área de Língua Portuguesa, educação básica. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagens e Educação - (Geple-CNPq/UFMS) e Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Sociolinguísticas, Decolonialidade e Ensino de Línguas - Coletivo POSLIDEN - na UFMS.

Patrícia Graciela da Rocha, UFMS

Doutora em Linguística. Professora Adjunta da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação da UFMS/Campo Grande-MS atuando no Programa de Pós Graduação (mestrado e doutorado) em Estudos de Linguagens - PPGEL - como professora de Língua Portuguesa, Linguística e Práticas de Ensino nos cursos de Letras Português/Espanhol (EaD e presencial) da FAALC e na Especialização em Linguística Aplicada e Ensino de Línguas. Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Políticas Sociolinguísticas, Decolonialidade e Ensino de Línguas - Coletivo POSLIDEN - na UFMS.

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Publicado

2023-07-27

Como Citar

NINK SOARES, I.; DA ROCHA, P. G. POLÍTICAS LINGUÍSTICAS: ENTRE A COOFICIALIZAÇÃO DAS LÍNGUAS INDÍGENAS E A ASSIMILAÇÃO CULTURAL. Organon, Porto Alegre, v. 38, n. 75, 2023. DOI: 10.22456/2238-8915.130762. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/130762. Acesso em: 30 nov. 2023.