A grande aceleração & o campo comunicacional
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201534.46-59Palavras-chave:
Grande Aceleração. Antropoceno. Eras culturais. Gerações midiáticas.Resumo
Desde a revolução industrial que inaugurou, no campo da comunicação, a era da reprodutibilidade técnica, novas tecnologias midiáticas não cessam de emergir em um ritmo cada vez mais intenso até se tornar verdadeiramente avassalador a partir do advento do universo digital. Essa emergência crescente de tecnologias midiáticas não é um fenômeno isolado, mas deve ser inserida no contexto bem mais amplo daquilo que os especialistas em mudanças climáticas e geologia estão chamando de “grande aceleração”. Para realizar tal inserção, este artigo tomou como roteiro metodológico o levantamento e estudo de dados bibliográficos, de um lado, relativos à evolução midiática desde a revolução industrial no século XIX até os nossos dias. De outro lado, relativos ao crescimento desmedido do gasto de fontes energéticas do planeta inteiramente imerso na circulação perversa do mercado capitalista. A comparação entre os dados tanto de um quanto de outro lado, conduziu esta pesquisa à constatação de uma interrelação indissolúvel entre ambos. Esse percurso nos leva à conclusão de que a aceleração midiática é parte integrante e contribui a seu modo para a grande aceleração que está levando o planeta Terra a uma nova era geológica.
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