Processos de ambientalização e transição agroecológica no MST: reforma agrária popular, soberania alimentaria e ecologia política

Autores

  • Lucas Henrique Pinto Centro de Investigaciones Interdisciplinarias en Ciencias y Humanidades-Universidad Nacional Autónoma de México (CEIICH-UNAM)

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583201534.294-321

Palavras-chave:

Ambientalização. MST. Agroecología. Ecologia política. Reforma agraria.

Resumo

Procuraremos analisar no presente artigo como a hegemonia do projeto neoliberal na economia mundial e as mudanças produtivas do regime capitalista, levaram ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a incrementar também suas bandeiras, tanto pelos avanços oriundos dos conflitos organizativos internos como também pela sua adequação as novas conjunturas hegemônicas. Problematizaremos estes processos interacionando a nova forma de pensar a reforma agraria com alguns pontos da chamada questão ambiental, que não é segundo nossa hipótese, somente uma assimilação de um assunto atualmente de moda, senão é a incorporação de um aspecto central no debate sobre o atual estagio produtivo das forças capitalistas e as externalidades produzidas nos processos de produção de mercadoria. Questões que discutiremos a partir de entrevistas com membros do Movimento e suas impressões sobre as dinâmicas de tais processos de ambientalização e transição agroecológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Henrique Pinto, Centro de Investigaciones Interdisciplinarias en Ciencias y Humanidades-Universidad Nacional Autónoma de México (CEIICH-UNAM)

Bolsista posdoutoral CEIICH-UNAM

Referências

ACSELRAD, Henri. ‘Descaminhos do ‘ambientalismo consensualista’. Revista del Observatorio Social de América Latina, Buenos aires, v. 12, n. 34, p. 39-50, nov 2012.

AMIN, Samir. Capitalismo, imperialismo, mundialización. In: SEOANE, José; TADDEI, Emilio. Resistencias Mundiales. De Seattle a Porto Alegre. Buenos Aires: CLACSO, 2001. p. 15-19

ARCEO, Enrique. El fin de un peculiar ciclo de expansión de la economía norteamericana. La crisis mundial y sus consecuencias. Buenos Aires: IEC, 2009.

BORGES, Juliano Luis. MST: do produtivismo a agroecologia. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOCIOLOGIA & POLÍTICA, 1., Curitiba, 2009. Anais... Curitiba: UFPR, 2009. Disponível em <http://www.humanas.ufpr.br/site/evento/SociologiaPolitica/GTsONLINE/GT7%20online/mst-produtivismo-JulianoBORGES.pdf>. Consultado en: 14 nov. 2015.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Assentados do RS colhem 7,5 mil toneladas de arroz ecológico. Brasília: MDA, 2011. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/assentados-do-rs-colhem-75-mil-toneladas-de-arroz-ecol%C3%B3gico>. Acesso em: 24 nov. 2015.

BRUNO, Regina. Agronegócio e novos modos de conflituosidade”. In: FERNANDES, Bernado M. (Org.) Campesinato e agronegócio na América Latina: a questão agrária atual. São Paulo: Expressão popular, 2008.

COSTA NETO, Canrobert; CANAVESI, Flaviane. Sustentabilidade em assentamentos rurais: o MST rumo à reforma agrária agroecológica no Brasil? In: ALIMONDA, Héctor (Org.). Ecologia Política. Naturaleza, sociedad y utopía. Buenos Aires: CLACSO, 2002. p. 203-215

CARVALHO, Horácio Martins. La emancipación del movimiento en el movimiento de la emancipación social continúa. Respuesta a Zander Navarro. In: SANTOS, Boaventura de Sousa. Producir para vivir. Los caminos de la producción no capitalista. Ciudad de México: FCE, 2011.

MARTINEZ ALIER, Joan. El ecologismo de los pobres: Conflictos ambientales y lenguajes de valoración. Barcelona: Icaria. 2009.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES Rurais Sem Terra. Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos. [Folheto informativo]. [S,l.], 2013.

GRUPO GESTOR do Arroz Agroecológico. Programa de arroz agroecológico 2009-2011. [S.l.], 2011. 1 apresentação power point. Apresentado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

LOPES, José Sergio Leite. Introdução. In: LOPES, José Sergio Leite (Org.). Ambientalização dos conflitos sociais. Participação e controle público da poluição industrial. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004. p.17-38

MORISSAWA, Mitsue. A história da luta pela terra e o MST. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES Rurais Sem Terra. Lutas e Conquista. Reforma agrária: por justiça social e soberania popular. São Paulo: Secretaria Nacional do MST, 2010.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES Rurais Sem Terra. Jornal Sem Terra, [S.l.], n. 318, mar./maio, 2012.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES Rurais Sem Terra. A cooperação agrícola no MST. [S.l.], 2009. Disponível em: <http://antigo.mst.org.br/node/8605>. Acesso em: 24 nov. 2015.

NAVARRO, Zander. ‘Movilización sin emancipación’. Las Luchas sociales de los sin tierra en Brasil. In: SANTOS, Boaventura de Sousa. Producir para vivir. Los caminos de la producción no capitalista. Ciudad de México: FCE., 2011.

PINTO, Lucas Henrique. La ideología del desarrollo sustentable y la administración simbólica de los conflictos ambientales: relación entre los aparatos ideológicos de Estado y la ecoeficiencia. In: CERDÁ, Juan Manuel; LEITE, Luciana. (Ed.). Conflictividad en el agro argentino. Ambiente, territorio y trabajo. Buenos Aires: CICCUS, 2011a. p. 121-241.

PINTO, Lucas Henrique. La globalidad de la lucha anti-globalización: interdependencia económica mundial y procesos de resistencia campesina en un mundo globalizado. Notas sobre la experiencia de La Vía Campesina. Cuadernos 39, San Salvador de Jujuy, 2011b. Suplemento.

PINTO, Lucas Henrique; CARNEIRO, Eder Jurandir. Conflitos ambientais na microrregião de Barbacena (Minas Gerais, Brasil): o que as fontes permitem ver? Estudios Rurales. Publicación de Centro de Estudios de La Argentina Rural, Bernal, v. 1, n. 2, p. 44-64, 2012.

PINTO, Lucas Henrique. Trayectorias de la Reforma Agraria en América Latina, de política pública y consigna revolucionaria a una demanda ecologista: esbozos de un análisis teórico-conceptual. In: SALOMÓN, Alejandra; RUFFINI, Marta. Estado, ciudadanía y políticas públicas. Rosario: Prohistoria, 2013. p. 135-158

PINTO, Lucas Henrique. La influencia de la Comisión Pastoral de la Tierra (CPT) en la formación del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST): breve análisis teórico-documental del papel de la religión en los conflictos sociales en Brasil. (1954-1984). Revista Estudios Sociales, Bogotá, n. 51, pp. 76-88, 2015.

SAMPAIO, Plínio de Arruda. Os períodos da história do Brasil. In: SAMPAIO, Plínio de Arruda; STEDlLE, J.P. (Org.) História crise e dependência do Brasil. São Paulo, 2000. p. 8-23

SCHREINER, Davi F. Territorialidades em disputa. Os assentamentos, o MST e a luta coletiva. Mendoza: Jornadas Internacionales de Problemas Latinoamericanos, 3., Mendoza, 2012. Actas… Mendonza, 2012. 1 CD-ROM.

STEDILE, Joao Pedro. A raiva das elites. O Dia, [S.l.], maio 2010. Disponível em: <http://antigo.mst.org.br/node/9784>. Acesso em: 15 abr. 2010.

WAGNER, Lucrecia; PINTO, Lucas Henrique. Ambientalismo(s) y bienes naturales: desafíos al extractivismo, en Argentina y Brasil. Revista Letras Verdes, Quito, n. 14, p. 69-94, 2013. Dossier Minería, Ambiente y Movimientos Sociales.

Publicado

2015-12-17

Como Citar

Pinto, L. H. “Processos De ambientalização E transição agroecológica No MST: Reforma agrária Popular, Soberania Alimentaria E Ecologia política”. Intexto, nº 34, dezembro de 2015, p. 294-21, doi:10.19132/1807-8583201534.294-321.