A feminização do jornalismo e a ausência da perspectiva de gênero nas editorias de tecnologia no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201635.119-136Palabras clave:
Jornalismo. Jornalismo de Tecnologia. Representações de Gênero. Produção Jornalística. Estudos de GêneroResumen
A participação feminina no jornalismo brasileiro é maior que a masculina a partir do século XXI. No entanto, o processo de produção jornalística ainda é o mesmo no que diz respeito à perspectiva dos estudos de gênero. Há uma predominância de fontes masculinas nos discursos jornalísticos, principalmente nas editorias de política e de economia. Nesse sentido, o presente artigo tem como proposta olhar para uma editoria nova, se comparada com as de política e de economia - trata-se da editoria de tecnologia, em versão online. O objetivo é verificar a presença de mulheres tanto como produtoras de notícias como de fontes, bem como as representações de gênero veiculadas no conteúdo informativo, incluindo fotos e temas das notícias. A metodologia inclui pesquisa bibliográfica em estudos de jornalismo e gênero, sobre a teoria do newsmaking e conceito de gênero. Observou-se quatro jornais brasileiros, Gazeta do Povo, Correio Braziliense, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, a partir de categorias jornalísticas estabelecidas com base no referencial teórico em jornalismo. A análise das categorias fundamentou-se nas discussões de gênero. Os resultados apontam que o número de profissionais femininas atuantes na editoria de tecnologia é praticamente inexistente e que a preocupação com questões de gênero é mínima nessas editorias. Tal percepção reforça a importância da continuidade dos estudos e dos debates nesta área.
Descargas
Citas
ACTIONABLE ANALYTICS FOR THE WEB (ALEXA). Top sites in Brazil. 2013. Disponível em: <http://www.alexa.com/topsites/countries/BR>. Acesso em: 06 jun. 2014.
ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelhos ideológicos de estado. Lisboa: Presença 1970.
BIRD, S.E; DARDENNE, R.W. Mito, registros e ‘estórias’: explorando as qualidades narrativas das notícias. In: TRAQUINA, N. (Org.). Jornalismo: questões, teorias e ‘estórias’. Lisboa: Veja, 1993. p. 263-277.
BOMFIM, F. M. A. A informação nos cadernos de informática nos grandes jornais. UFMG, 1997.
BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro, Betrand Brasil, 1999.
GUERRA, Y. H. Mujer y periodismo en Cuba: un itinerario singular. In: COLÓQUIO MULHER E SOCIEDADE: AS REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NA CONTEMPORANEIDADE, 3., 2014, Ponta Grossa. Anais... Ponta Grossa: UEPG, 2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Mulher no mercado de trabalho. 2011. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf. Acesso em: 15 jun. 2014.
LAURETIS, T. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro, Rocco, 1994. p. 206-242.
PEREIRA JUNIOR, L. C. A apuração da notícia: métodos de investigação na imprensa. Petrópolis: Vozes, 2006.
NEVEU, É. Sociologia do Jornalismo. Porto, Porto Editora, 2005.
PERFIL do Jornalista Brasileiro. Florianópolis: UFSC, 2013. Disponível em: <http://www.perfildojornalista.ufsc.br/dados>. Acesso em: 10 jun. 2014.
ROSALES, B. Jonalismo Peru: as mulheres dominam, mas não mandam. 2009. Disponível em <http://www.ipsnoticias.net/portuguese/2009/04/america-latina/jornalismo-peru-as-mulheres-dominam-mas-nao-mandam>. Acesso em: 10 jun. 2014.
SAFFIOTI, H. I. B. A mulher na sociedade de classe. Petrópolis: Vozes, 1979.
SCOTT, J. Gênero, uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1990.
TUCHMAN, G. Making news: a study in the construction of reality. New York: The Free Press, 1978.
TRAQUINA, N. Teorias do Jornalismo: a tribo jornalística – uma comunidade interpretativa transnacional. Florianópolis: Editora Insular, 2005. v. 2.
TRAQUINA, N. O Jornalismo português em análise de casos. Lisboa: Editorial Caminho, 2001.
TORRES, C. Género y comunicación: el lado oscuro de los medios. Santiago: Ediciones de la Mujeres, 2000.
WOITOWICZ, K. J.; ROCHA, P. M. Estudos de gênero no Jornalismo: perspectivas de análise das mulheres jornalistas e das representações femininas. In. WOITOWICZ, K. J.; ROCHA, P. M. (Org.). Marcas & discursos de gênero: produções jornalísticas, representações femininas e outros olhares. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2014. P. 131-150.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2016 Paula Melani Rocha, Andressa Kikuti Dancosky

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en esta Revista pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación están garantizados para la revista. Por estar publicados en una revista de acceso libre, los artículos son de uso gratuito, con la atribución apropiada, en las actividades educativas y no comerciales.
La revista utiliza la Licencia Creative Commons Attribution (CC BY-NC 4.0), que permite el intercambio de trabajo con el reconocimiento de la autoría.
Autoarchivo (política de repositorios): se permite a los autores depositar todas las versiones de sus trabajos en repositorios institucionales o temáticos, sin período de embargo. Se solicita, siempre que sea posible, que se agregue la referencia bibliográfica completa de la versión publicada en Intexto (incluido el enlace DOI) al texto archivado.
Intexto no cobra ninguna tarifa por el procesamiento de artículos (article processing charge).