O que o campo da comunicação tem a dizer sobre as classes sociais?
Palavras-chave:
comunicação, classe social, discursoResumo
O artigo se propõe a compreender como o campo da comunicação pode contribuir para o debate sobre classes sociais, em um momento de (re) descoberta do conceito. A partir da definição do campo da comunicação e suas contribuições em um momento de “midiatização”, apresentamos três panoramas de estudos possíveis na área: as representações de classe na mídia, os estudos de recepção e a economia política da comunicação.
Downloads
Referências
ANDRADE, Roberta Manuela Barros de. O Fascínio de Sherazade: os usos sociais da telenovela. São Paulo: Annablume, 2003.
ARRUDA, Neide. Telas em toda parte: um novo lugar de pesquisa da recepção da telenovela brasileira. In: XI CONGRESO LATINOAMERICANO DE INVESTIGADORES DE LA COMUNICACIÓN – ALAIC, 11, 2012, Montevidéu. Anais... Montevidéu, Uruguai, 2012. p. 1-15.
BACCEGA, Maria Aparecida. Comunicação e linguagem: discursos e ciência. São Paulo: Moderna, 1998.
BACCEGA, Maria Aparecida. O Campo da Comunicação. In: CORREA, Tupã Gomes. Comunicação para o mercado. São Paulo: Edicom, 1995.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 2010
BECK, Ulrich. A sociedade de risco. São Paulo: Editora 34, 1999
BLIKSTEIN, Izidoro. Kaspar Hauser ou a fabricação da realidade. São Paulo: Cultrix, 2003.
BOLAÑO, César. Indústria cultural, informação e capitalismo. São Paulo: Hucitec, 2000.
BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Ève. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
BOURDIEU, Pierre. O campo científico. In: ORTIZ, Renato. Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p. 122-155.
CAMPANELLA, Bruno. Os olhos do Grande Irmão: uma etnografia dos fãs do Big Brother Brasil. Porto Alegre: Sulina, 2012
CANCLINI, Néstor García. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2009
CASTELLS, Manuel. Communication power. New York: Oxford University Press, 2009.
CHAMPAGNE, Patrick. Formar a opinião: o novo jogo político. São Paulo: Vozes, 1999.
COHEN, Nicole. Cultural work as a site of struggle: freelancers and exploitation. Triple C: Open Access Journal for a Global Sustainable Information Society, Viena, v. 10, n. 2, p. 141-155, 2012.
CROMPTON, Rosemary. Class and stratification. Cambridge: Polity, 2008.
EAGLETON, Terry. Marx estava certo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
FAUSTO NETO, Antonio. As bordas da circulação. Alceu: revista de Comunicação, Cultura e Política, Rio de Janeiro, v. 10, n. 20, jan./jun. 2010,
FÍGARO, Roseli. Introdução. In: FÍGARO, Roseli (Org.). Comunicação e análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2012. p. 9-17.
FÍGARO, Roseli; GROHMANN, Rafael. O conceito de Classe Social nos estudos de recepção brasileiros. In: ENCONTRO DA COMPÓS, 21, 2013, Salvador, 2013. Anais... Salvador, 2013.
FIORIN, José Luiz. Linguagem e ideologia. São Paulo: Ática, 2007.
FLORIDA, Richard. A ascensão da classe criativa. Porto Alegre: L&PM, 2011.
FREIRE FILHO, João. Reinvenções da resistência juvenil: os estudos culturais e as micropolíticas do cotidiano. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.
FUCHS, Christian. Class and exploitation on the Internet. In: SCHOLZ, Trebor (Org.). Digital labor: the internet as playground and factory. New York: Routledge, 2013, p. 211-224.
FUCHS, Christian. Labor in informational capitalism and on Internet. The Information Society, Cedar Rapids, v. 26, n. 3, p. 179-196, 2010.
FUCHS, Christian; DYER-WITHEFORD, Nick. Karl Marx @ Internet studies. New Media & Society, Chicago, v. 15, n. 5, p. 782-796, 2012.
FUCHS, Christian; MOSCO, Vincent. Introduction: Marx is back - the importance of marxist theory and research for critical communication studies today. Triple C: Open Access Journal for a Global Sustainable Information Society, Viena, v. 10, n. 2, p. 127-140, 2012.
GANS, Herbert. The famine in American mass communications research: comments on Hirsch, Tuchmann and Gecas. American Journal of Sociology, Chicago, v. 4, n. 77, p. 697-705, 1972.
GIRARDI JÚNIOR, Liráucio. Pierre Bourdieu: questões de sociologia e comunicação. São Paulo: Annablume, 2007.
GOFFMAN, Erving. Frame analysis: an essay on the organization of experience. New York: Harper, 1974.
GROHMANN, Rafael. Os discursos dos jornalistas freelancers sobre o trabalho: comunicação, mediações e recepção. 2012. 273 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HAYEK, Friedrich August von. O caminho da servidão. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1990.
HEIDER, Don (Org.). Class and News. Oxford: Rowman & Littlefield, 2004.
HJARVARD, Stig. Midiatização: teorizando a mídia como agente de mudança social e cultural. Matrizes, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 53-91, jan./jun. 2012.
HUWS, Ursula. A construção de um cibertariado? Trabalho virtual num mundo real. In: ANTUNES, Ricardo; BRAGA, Ruy (Org.). Infoproletários: degradação real do trabalho virtual. São Paulo: Boitempo, 2009. p. 37-58.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009.
JENSEN, Klaus Brühn; JANKOWSKI, Nicholas. Metodologias cualitativas de investigacion em comunicación de masas. Barcelona: Bosch, 1993.
JUNQUEIRA, Lília. Desigualdades sociais e telenovelas: relações ocultas entre ficção e reconhecimento. São Paulo: Annablumme, 2010.
KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia: estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Bauru: EDUSC, 2001.
KENDALL, Diana. Framing class: media representations of wealth and poverty in America. Lanham, MD: Rowman & Littlefield, 2005.
LOPES, Maria Immacolata Vassalo de. Uma agenda metodológica presente para a pesquisa de recepção na América Latina. In: JACKS, Nilda (Org.). Análisis de recepción en América Latina. Quito: Quipus, 2011. p. 409-428.
LOPES, Maria Immacolata Vassalo de; BORELLI, Sílvia; RESENDE, Vera. Vivendo com a telenovela: mediações, recepção, teleficcionalidade. São Paulo: Summus, 2002.
MAROCCO, Beatriz. Prostitutas, jogadores, pobres e vagabundos no discurso jornalístico. São Leopoldo: Unisinos, 2004.
MILNER, Andrew. Class. London: Sage, 1999.
MORDUCHOWICKZ, Roxana (Org.). Los jóvenes y las pantallas: nuevas formas de sociabilidad. Barcelona: Gedisa, 2008.
MORLEY, David. Class-ificações mediadas: representações de classe e cultura na televisão britânica contemporânea. Matrizes, São Paulo, v. 3, n. 2, jan./jul. 2010.
MOSCO, Vincent. Economia política da comunicação: uma perspectiva laboral. Comunicação e Sociedade I – Cadernos do Nordeste, Braga, v. 12, n. 1-2, p. 97-120, 1999.
MOSCO, Vincent; McKERCHER, Catherine. The laboring of communication: will knowledge workers of the world unite? Lanham: Lexington Books, 2008.
MUNT, Sally. Cultural studies and working class: subject to change. London: Cassell, 2000.
MURDOCK, Graham. Comunicação contemporânea e questões de classe. Matrizes, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 31-56, jan./jun.2009.
NERI, Marcelo. A nova classe média: o lado brilhante da base da pirâmide. São Paulo: Saraiva, 2011.
POCHMANN, Márcio. Nova classe média? O trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: Boitempo, 2012.
RONSINI, Veneza. A crença no mérito e a desigualdade: a recepção da telenovela do horário nobre. Porto Alegre: Sulina, 2012.
RONSINI, Veneza. Apontamentos sobre classe social em um estudo de recepção. In: FREIRE FILHO, João; BORGES, Gabriela (Org.). Estudos de televisão: diálogos Brasil-Portugal. Porto Alegre: Sulina, 2011. p. 297-338.
RONSINI, Veneza. Mercadores de sentido: consumo de mídia e identidades juvenis. Porto Alegre: Sulina, 2007.
SCHOLZ, Trebor (Org.). Digital Labor: the Internet as playground and factory. New York: Routledge, 2013.
SILVERSTONE, Roger. Por Que Estudar a Mídia? São Paulo: Loyola, 2002.
SODRÉ, Muniz. Por um conceito de minoria. In: PAIVA, Raquel (Org.); BARBALHO, Alexandre (Org.). Comunicação e cultura das minorias. São Paulo: Paulus, 2005, p. 11-14.
SOUTO, Mariana. Novas emergências das relações de classe no cinema brasileiro: uma pequena reviravolta coletiva? In: ENCONTRO DA COMPÓS, 22., 2013, Salvador. Anais... . Salvador, 2013.
SOUZA, Jessé. Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? Belo Horizonte: UFMG, 2010.
TERRANOVA, Tiziana. Free labor. In: SCHOLZ, Trebor (Org.). Digital labor: the internet as playground and factory. New York: Routledge, 2013. p. 33-57.
TOGNOLLI, Claudio. A sociedade dos chavões: presença e função do lugar-comum na comunicação. São Paulo: Escrituras, 2001.
TONDATO, Márcia. Representações ficcionais à mesa: espaços e estilos de alimentação como diferenciação social In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO – INTERCOM, 35., 2012, Fortaleza. Anais... Fortaleza, 2012.
WAYNE, Mike. Marxism and media studies: key concepts and contemporary trends. London: Pluto Press, 2003.
WOLTON, Dominique. Informar não é comunicar. Porto Alegre: Sulina, 2010.
WOLTON, Dominique. Internet, e depois? Uma teoria crítica das novas mídias. Porto Alegre: Sulina, 2003.
WRIGHT, Erik Olin. Class Counts: comparative studies in class analysis. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Rafael Grohmann

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em uma revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais.
A revista utiliza a Licença de Atribuição Creative Commons (CC BY-NC 4.0), que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria.
Auto-arquivamento (política de repositórios): autores têm permissão para depositar todas as versões de seus trabalhos em repositórios institucionais ou temáticos, sem embargo. Solicita-se, sempre que possível, que a referência bibliográfica completa da versão publicada na Intexto (incluindo o link DOI) seja adicionada ao texto arquivado.
A Intexto não cobra qualquer taxa de processamento de artigos (article processing charge).