Trabalho informal, gênero e família
uma hermenêutica dos relatos de si de revendedoras de cosméticos
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583202253.121391Palabras clave:
trabalho informal, venda direta, revendedoras de cosméticos, hermenêutica, comunicação e gêneroResumen
Buscando explorar o potencial metodológico de uma abordagem hermenêutica para os estudos de comunicação no contexto do trabalho informal, a proposta deste artigo consiste em analisar os relatos de si de trabalhadoras de venda direta no ramo de cosméticos como forma de compreender a produção de sentidos em torno das relações trabalhistas com as organizações do setor. Contextualizado na pandemia da Covid-19 (SARS-CoV-2), esse estudo parte da proposição de Raúl Díaz, baseada na hermenêutica de Paul Ricoeur, cujo objetivo é desenvolver uma análise comparada de categorias identificadas em diferentes interlocutores. Trata-se de uma reflexão crítica acerca dos sentidos de trabalho produzidos pelas organizações em sua comunicação, mas tomando como objeto de análise sua força de trabalho: as revendedoras de cosméticos. Os resultados apontam para a existência de significativas contradições nos discursos de empresas de venda direta, que promovem um ideal de autonomia empreendedora que não se efetiva na prática. Essas tensões se estendem aos relatos das trabalhadoras, cujos discursos são perturbados por racionalidades políticas, econômicas e culturais específicas.
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